segunda-feira, 29 de junho de 2009

A PRIMEIRA CARTA DE JOÃO


Textos: II Tm. 3.16 - I Jo. 1.1-4

OBJETIVO: Mostrar que essa carta, divinamente inspirada, é aplicável a todo leitor que deseja ter sua vida no centro da vontade de Deus.

INTRODUÇÃO: Ao longo deste trimestre estudaremos a I Carta de João. Essa é uma das cartas mais significativas do Novo Testamento. Caracteriza-se por uma estrutura bastante distinta em relação as demais. O conteúdo é contundente na argumentação contra os falsos mestres. Seu estilo e teologia se coadunam com o Evangelho do mesmo autor. Nos estudos dos próximos três meses abordaremos as seguintes lições:

1) a Primeira Carta de João;
2) Jesus, o Filho Eterno de Deus;
3) Jesus, a Luz do Crente;
4) Jesus, o Redentor e Perdoador;
5) A força do amor cristão;
6) o sistema de viver do mundo;
7) a chegada do Anticristo;
8) A nossa Eterna salvação;
9) O crente e as bênçãos da salvação;
10) os falsos profetas;
11) o amor a Deus e ao próximo;
12) O testemunho interior do crente;
13) A segurança em Cristo.

No estudo desta semana, trataremos a respeito da autoria dessa carta, do seu propósito e apresentaremos uma visão panorâmica de sua divisão.

1. A AUTORIA DA CARTA: O autor de I João não se identifica na Carta. Ao que tudo indica seus “filhinhos” os reconheceria sem problemas. Uma pista nos é dada em II e III João nas quais o autor se apresenta como o “ancião”. Mesmo o evangelho, do mesmo autor de I João, diz ser “o discípulo a quem Jesus amava” (Jo. 21.20; 13.23). Com base nessas passagens do evangelho e a semelhanças contundentes, atribui-se a autoria da Carta a João, o discípulo, filho de Zebedeu (Mt. 4.21), que a teria escrito entre os anos 85 a 95 d. C. Existem evidências externas da pena de Irineu e do Cânon Muratoriano que atribuem e assumem que I João e o evangelho são do mesmo autor. O João, apóstolo de Cristo e autor dessa epístola, era, como seu pai, pescador de Betsaida, na Galiléia, e trabalhava no lago de Genezaré (Mt. 4.18,19). Sua família parece ter vivido em condições favoráveis, já que seu pai tinha empregados (Mc. 1.20), a sua mãe era uma das mulheres piedosas que seguiam a Jesus e que desde a Galiléia servia ao Senhor com seus bens (Mt. 27.26). João, inicialmente, seguia João Batista, e depois, com seu irmão André, passou a seguir a Cristo (Jo. 1.35-40). A chamada de João e de seus irmãos está registrada em Mt. 4.21,22 e em Mc. 1.19,20. Tratava-se de um dos doze apóstolos (Mt. 10.2). Jesus deu a ele e ao seu irmão o nome de Boanerges (Mc. 3.17), talvez por causa do seu temperamento impulsivo (Mc. 9.38,39; Lc. 9.51-56) e pelas ambições pessoais (Mc. 10.35-40). Ao final, ele foi modificado pelo amor de Jesus e passou a ser denominado de “o discípulo a quem Jesus amava”(Jo. 21.20). Como os demais discípulos, João se distanciou do Mestre após a prisão, mas depois o seguiu até o palácio do sumo sacerdote (Jo. 18.15) e estava presente no Calvário (Jo. 19.26,27). Em companhia de Pedro visitou o túmulo vazio de Jesus e reconheceu o Senhor na pesca milagrosa (Jo. 21.7). Para a tradição eclesiástica, João teria ficado em Jerusalém até a morte de Maria, a mãe de Jesus, que teria acontecido por volta do ano 48 d. C. e que depois de ter deixado Paulo na Ásia Menor, passou a residir em Éfeso e criado diversas igrejas naquela região. Durante a perseguição de Domiciano, foi desterrado para a ilha de Patmos, no mar Egeu, onde teria escrito o Apocalipse. Anos depois teria sido libertado e retornado a Éfeso onde permaneceu até sua morte, que teria ocorrido por volta do ano 100 d. C. De acordo com Jerônimo, João pela sua idade avançada, não mais podia pregar, por isso, pedia que o levassem ao templo e então contentava-se em exortar a igreja dizendo “Filhinhos, amai-vos uns aos outros”.

2. O PROPÓSITO DA CARTA: O propósito da Carta é apresentado por João no capítulo 5 e versículo 13. Ele procurar reforçar e consolidar o Evangelho, assegurando aos crentes que eles têm vida eterna. A Carta é também uma apologia contra as falsas doutrinas que estavam adentrando a igreja. Os Gnósticos, um ensinamento esotérico dos tempos primitivos da igreja, questionavam a encarnação do Verbo. Eles negavam também que Jesus fosse o Filho de Deus. A esses João denomina de enganadores e anticristos (2.22; 4.15; 5.1). Eles também negavam a humanidade de Cristo, opondo-se, assim, à comunicação de Deus com os homens através do Logos que se fez carne. João combate com veemência essas falsas doutrinas ao longo de sua epístola universal (4.3), declara, logo no início, que ele pôde tocar o corpo de Jesus (1.1). Como se isso não fosse o bastante, defendiam ainda a liberdade para pecar, argumentando que o pecado não atingiria a alma, apenas o corpo. O Apóstolo refuta esse ensinamento imoral ao declarar que todo pecado é iniqüidade (3.4) e que é na comunhão com Deus que o cristão é purificado, sendo reconhecido como filho de Deus (2.5; 3.8-10; 4.13; 5.11). A Epístola destaca a natureza da comunhão com Deus (1.3), pois Ele é luz (1.5), portanto, o homem deve ser purificado e remido (1.7; 2.2) e também santo (2.3-7). Como Deus é amor, devemos também amar-nos uns aos outros (2.10). Como Deus é justo, os Seus filhos também devem ser (2.29-3.3) Cristo veio para tirar o pecado do mundo e nEle não há pecado, portanto, devemos ser santos (3.4-10). O amor sacrificial dEle deve ser o modelo do amor cristão em relação ao próximo (3.11-18). O amor é parte essencial da natureza de Deus (4.7,8).

3. PANORAMA GERAL DA CARTA: A Carta de I João é uma das mais difíceis de esboçar do Novo Testamento. Alguns estudiosos argumentam, com bastante sentido, que João, nessa Epístola, não tem qualquer intenção de seguir um planejamento lógico. Mesmo assim, tentaremos, nas próximas linhas, traçar um panorama geral da Carta:

1) A base da vida cristã (1.1-5);
2) O significado do andar na luz (1.5-2.2);
3) Resultados da comunhão com o Pai (2.3-3.28): obediência (2.3-5), semelhança com Cristo (2.6), amor (2.7-11), separação (2.12-17), ortodoxia (2.18-28);
4) Justiça sinal de filiação (2.39-3.24): a realidade da filiação (2.29-3.3), a possibilidade da pureza (3.4-10), a essência da justiça (3.11-18), os resultados da justiça (3.19-24);
5) A necessidade da prática da discriminação e do discernimento espiritual (4.1-6); 6) o amor, prova da filiação (4.7-21): origem (4.7,8), significado (4.9,10), inspiração (4.11-16), atividade (4.17-21);
7) Grandes certezas do crente (5.1-20): a vitória sobre o mundo (5.1-4), o caráter final de Jesus Cristo (5.5-12), a realidade da salvação (5.13), da oração respondida (5.18-20);
8) Admoestação contra a idolatria (5.21).

CONCLUSÃO: Essa Primeira Carta de João foi escrita para uma comunidade cristã que enfrentava a ameaça Gnóstica do Século I da Era Cristã. Ao tratar a respeito desse tema, o Apóstolo defende o valor da vida coerente, e principalmente, em comunhão com Deus e em amor entre os irmãos. O propósito central da Carta pode ser resumido no seguinte versículo:“Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus” (I Jo. 5.13). PENSE NISSO!


BIBLIOGRAFIA

-Bíblia de Estudo em Cores, Pentecostal
-Nossos arquivos de estudos
-Lições Bíblica 3º. trimestre, CPAD
Deus é Fiel e Justo!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

AMOR, A VIRTUDE SUPREMA



Textos: Rm. 5.5 - I Co. 13.1-13

Objetivo: Mostrar que o amor de Deus em nós não é um dom, mas o fruto do Espírito expresso na vida do verdadeiro cristão.

INTRODUÇÃO: A igreja de Corinto, conforme estudamos na primeira lição deste trimestre, era bastante fervorosa, isto é, tinha muitos dons. Por outro lado, era carente de espiritualidade, pois lhe faltava a demonstração do fruto do Espírito. Nessa última lição do trimestre, estudaremos, com base em I Co. 13, o amor, esse que é o fundamento do fruto do Espírito, o qual também tem primazia na lista das virtudes espirituais apresentadas por Paulo em Gl. 5.22.

1. AMOR, SIGNIFICADOS E DEFINIÇÕES: No grego do Novo Testamento, a palavra amor é “ágape”, cujo significado primário vem do amor puro e verdadeiro de Deus em relação ao Seu Filho (Jo.17.26), ao seu povo (Gl. 6.10) e à humanidade perdida que se rebelou contra Deus (Jo. 3.16; Rm. 5.8). A Bíblia declara que a natureza de Deus é o amor (I Jo. 4.8,16). Em Hb. 12.6, sabemos que, mesmo debaixo da correção divina, somos alvo do Seu amor. O amor a Deus é o fundamento da obediência (Jo. 14.21). O fruto do Espírito, conforme aponta Paulo em Gl. 5.22, é o amor e é na manifestação desse amor sacrificial que o mundo vê Cristo é nós (II Co. 5.14). Ainda no grego, diferentemente do português, existem verbos distintos para descrever os diferentes tipos de amores. O verbo “agapao” tem em Deus sua demonstração máxima, na verdade, o próprio Deus é amor (I JO. 4.9-10). Por isso, esse Deus age com amor em relação ao homem perdido (Jo. 3.16; I Jo. 3.1,16). Em resposta ao amor de Deus, o homem deve também amá-lo, bem como ao próximo (Mc. 12.30-33; Mt. 19.19; 22.39; Mc. 12.31; Rm. 13.8; I Jô. 3.11,23), especialmente aos domésticos na fé (Gl. 5.6; I Jô. 2.10). Os inimigos também entram na lista daqueles que devem ser amados por aqueles que foram alcançados pelo amor de Deus (Mt. 5.44; Lc. 6.35). O verbo “phileo” é usado para descrever a afeição nos relacionamentos pessoais, mais próximo do sentido de “amizade” (Jo. 11.3, 36; Tt. 3.15) Uma das passagens mais conhecidas do Novo Testamento, por fazer a distinção entre os verbos “phileo” e “ágape” e se encontra em Jo. 21.15-27, quando Cristo pergunta a Pedro se esse O ama.

2. A EXCELÊNCIA DO AMOR CRISTÃO EM I CO. 13: No capítulo 13, Paulo faz um parêntese na discussão a respeito dos dons espirituais a fim de tratar sobre o amor cristão e coloca esse como um caminho mais excelente. A intenção do apóstolo é mostrar aos crentes de Corinto, que supervalorizavam os dons espirituais, a importância de equilibrar o uso dos dons com a frutificação espiritual demonstrada em amor. A melhor linguagem do céu ou da terra, sem amor, é apenas barulho (v. 1), por isso, quem tem um dom espiritual, não pode se arvorar como se fosse melhor do que os outros e isso, com certeza, estava acontecendo na igreja daquela cidade. Por ser paciente, o amor tem uma capacidade inerente para suportar, ao invés de querer afirmar-se, o amor busca, prioritariamente, dar-se (v. 4). O amor não imputa o mal ao outro, sequer o leva em conta, não abriga ressentimentos pelas ofensas (v. 5). Alegra-se com a verdade, na verdade do evangelho (Jo. 5.56), que está em Jesus (v. 6).Tudo suporta, não fraqueja, não se deixa vencer em todas as dificuldades (v. 7). Os dons espirituais acabarão, no fim, quando Deus tiver cumprido o Seu plano (v. 9,10), mas o amor. A fé é importante, bem como a esperança, mas nada supera o amor (v. 13).

3. A SUPREMACIA DO AMOR CRISTÃO: O amor cristão é superior aos dons tanto pela qualidade quanto pela perenidade. Os dons cessarão, são apenas para esta vida, estarão disponíveis até Jesus voltar, o amor, no entanto, transcende ao tempo, é eterno. Por esse motivo, a prática dos dons espirituais na igreja não compensam a falta de amor. Os dons espirituais sem amor para nada servem. O amor cristão tem algumas características que não podem ser desprezadas:

1) é paciente e benigno – tem uma capacidade infinita para suportar as adversidades;
2) não se aborrece com o sucesso dos outros, não se ufana como um balão cheio de vento, mas sem conteúdo; não é egoísta, não busca apenas seus interesses;
3) não se ressente do mal – está sempre disposta a pensar o melhor das outras pessoas e não lhes imputa o mal;
4) tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta – significa que você abre mão de um direito que tem a favor do seu irmão, pois o amor perdoa e esquece a ofensa do outro.

CONCLUSÃO: O Amor é eterno. O temo grego é “piptei” e significa literalmente que ele não “falha” ou “entra em colapso”. O amor jamais cede às pressões, tem o poder de ultrapassar o tempo, alcançar a eternidade. É no amor que começamos a conhecer a eternidade de Deus. Quando amamos, estamos desfrutando já o que ainda está reservado para nós na eternidade. O amor é a caminho para a maturidade, é o cumprimento da lei, é o maior de todos os mandamentos, é a apologética contundente. Uma igreja sem amor está adoecida e precisa urgentemente de ser curada por Aquele que é Amor e que levou esse amor ao extremo sacrificando-se pelos pecadores. Ele nos amou de uma maneira tal que enviou Seu Filho em sacrifício pelos pecados (Jo. 3.16), nós, em resposta a esse amor, devemos também amar os irmãos e nos sacrificar-nos por eles (I Jô. 3.16), mas esse é um assunto que aprofundaremos no próximo trimestre. PENSE NISSO!

BIBLIOGRAFIA:

-Bíblia de Estudo em Cores, Pentecostal
-Nossos arquivos de estudos
-Lições Bíblica 2º. trimestre, CPAD

Deus é Fiel e Justo!

domingo, 14 de junho de 2009

AJUDA AOS NECESSITADOS


Textos: I Co. 9.7 -I Co. 9.6-12


OBJETIVO: Mostrar que a ajuda aos necessitados é um grande privilégio e responsabilidade que Deus concede a cada crente.


INTRODUÇÃO: Paulo instrui a igreja de Corinto em relação ao cuidado com os necessitados. No estudo desta semana, veremos, a princípio, que a contribuição é uma doutrina genuinamente bíblica. Em seguida, aprofundaremos a questão da contribuição em I Co. 16. Ao final, apresentaremos algumas sugestões para contribuição cristã para os necessitados.


1. A CONTRIBUIÇÃO BÍBLICA: A palavra grega “koinonia” significa não apenas “comunhão”, ela abrange também o sentido de “contribuição”, da “partilha de bens”. Desde o princípio da igreja, no capítulo 6 de Atos, está registrado que havia necessidade de cuidar das viúvas da igreja de Jerusalém. Compreendemos, assim, que esse princípio de partilha de bens era bastante comum nos primórdios da igreja (At. 2.44,45, 4.34,35). Essa, entretanto, não era uma prática apenas dos crentes de Jerusalém. Os cristãos de Antioquia compartilharam suas bênçãos materiais com os de Jerusalém (At; 11.27-30). Por causa da perseguição romana, os crentes judeus ficaram em situação de pobreza extrema. Isso mostra que nem sempre a prosperidade é resultante de pecado ou desobediência à Palavra de Deus. Ciente dessa realidade, Paulo mostrou preocupação com os crentes necessitados (O Co. 16.1; II Co. 9.12; At. 24.17; Rm. 15.25,26; II Co. 8.1). A contribuição aos necessitados era, sobretudo, um ato de amor e prova de genuína espiritualidade. Quando as contribuições partiam de igrejas gentílicas, era um sinal evidente de fraternidade, principalmente para alguns cristãos judeus que tratavam os gentios com desdém. Por isso, o apóstolo mostra interesse que os próprios contribuintes entregassem pessoalmente as ofertas aos irmãos necessitados (I Co. 16.3,4).


2. PRINCÍPIOS PARA A CONTRIBUIÇÃO CRISTÃ EM I CO.16: As contribuições não eram apenas de uma igreja, mas de todas aquelas que haviam sido fundadas por Paulo (II Co. 8.1; 9.2). Para tanto, a cada primeiro dia da semana – com certa regularidade - cada um dos crentes – individualmente - e independentemente da condição financeira, deveria se dispor a contribuir, de acordo com as possibilidades, e esse dinheiro coletado deveria ser bem administrado (v.2). A contribuição para os irmãos necessitados deveria ser feita com liberalidade, pois o que semeia pouco também pouco ceifará (II Co. 9.6; Gl. 6.7). Mas para que seja válida, a contribuição precisa ser feita com alegria, “não com tristeza ou por necessidade, porque Deus ama ao que dá com alegria” (II Co. 9.7). Ninguém deva ser constrangido a doar, é estabelecido, nesse ensinamento, o princípio da generosidade, motivado pelo Espírito Santo (Rm. 12.8). Aqueles que assim o fazem demonstram confiança no Senhor, cientes que Ele “é poderoso para tornar abundante em vós toda graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda suficiência, superabundeis em toda boa obra” (II Co. 9.8; Rm. 8.32). Um dos princípios apresentados por Paulo nessa coleta é o da lisura. Por isso Paulo queria que os próprios irmãos entregassem a oferta aos crentes de Jerusalém, ainda que ele tivesse interesse de acompanhá-los, o que veio a acontecer (Rm. 15.25; II Co. 1.16). Ciente da tentação que o dinheiro pode causar, e a fim de evitar falatórios, não apenas uma pessoa deveria fazer a entrega da contribuição, um grupo de pessoas confiáveis (v. 3).


3. RECOMENDAÇÕES GERAIS QUANTO A CONTRIBUIÇÃO: Os cristãos devem doar não apenas aqueles que fazem parte da igreja. Os de fora também precisam ser alvo da liberalidade eclesiástica (16.1). Não é fácil ser generoso com alguém que nunca vimos antes. Ainda que alguns digam que os olhos não vêem o que o coração não sente, a Bíblia ensina que devemos ser graciosos também com aqueles que estão distantes e que desconhecemos, mais que isso, que são nossos inimigos. É evidente que, de acordo com o ensinamento bíblico, os membros da casa devam ter prioridade (I Tm. 5.8). Devemos fazer o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé (Gl. 6.10). Aqueles que precisam devam ser claros em suas petições, e, principalmente, éticos. Os pastores, desde que com fins apropriados, e principalmente, bíblicos, não devam ter vergonha de pedir dinheiro à igreja. E essa, por sua vez, precisa saber que mais bem-aventurado é dar que receber (At. 20.35). Uma igreja que tem recursos financeiros tem a responsabilidade de ajudar os pobres e reconhecer que tal ato é adoração. Faz parte do culto divino o momento da contribuição, seja com os dízimos, ofertas e contribuições aos necessitados. Quem recebe deve demonstrar gratidão a Deus e aqueles que contribuíram (Fp. 4.18). Muitos vêem com os cestos vazios, mas esquecem de voltar para agradecer. A contribuição financeira não deve ser casual, mas sistemática e proporcional ao ganho individual. Quem administra as contribuições deva ser transparente a fim de não causar escândalo e para não perder a credibilidade.


CONCLUSÃO: Há uma estória interessante que ilustra a condição de muitos crentes da atualidade. Conta-se que um mendigo passou na residência de três pessoas e pediu-lhes ajuda. A primeira era espírita, a segunda, católica, e a terceira, evangélica. Cada uma dessas delas tinha apenas um pão e deu uma resposta diferente ao mendigo. Quando o mendigo pediu algo para comer, o espírita, por acreditar na evolução do espírito pelas caridades, deu todo o pão e ficou com fome. Ao chegar à casa do católico, por via das dúvidas, já que não tinha certeza da salvação se pela fé ou pelas obras, resolveu dividir o pão ao meio, comeu a metade e deu a outra ao mendigo. Ao chegar à casa do evangélico, o mendigo nada recebeu, o irmão disse que “iria orar por ele”, pois só tinha um pão e iria comê-lo. Afinal, pensou ele, sou salvo pela graça, não pelas obras, conforme está escrito em Ef. 2.8,9. O irmão estava parcialmente correto, pois, de fato, somos salvos pela graça, por meio da fé. Ele, porém, esqueceu do versículo 10, que diz que fomos criados para as boas obras. Em suma, não fazemos boas obras para sermos salvos, mas porque já somos salvos. PENSES NISSO!

BIBLIOGRAFIA:
-Bíblia de Estudo em Cores, Pentecostal
-Nossos arquivos de estudos
-Lições Bíblica 2º. trimestre, CPAD
Deus é Fiel e Justo!