domingo, 26 de julho de 2009

A FORÇA DO AMOR CRISTÃO


Textos: Jo. 13.34 - I Jo. 2.7-11; 3.14-18
irmaoteinho@irmaoteinho.com




OBJETIVO: Mostrar que o amor cristão é o resultado da transformação espiritual experimentada no novo nascimento e a prática central do conteúdo da fé cristã.


INTRODUÇÃO: O amor cristão é um dos temas centrais da I Epístola de João. Não é por acaso que o autor dessa Carta é chamado de Discípulo Amado e o Apóstolo do Amor. No estudo desta semana veremos, a partir dos seus escritos, a força do amor cristão. No início mostraremos que esse é tanto um antigo quanto um novo mandamento. Em seguida ressaltaremos a sublimidade do amor cristão. Ao final trataremos a respeito da demonstração do amor cristão na igreja.


1. AMAR, UM ANTIGO E NOVO MANDAMENTO: O amor é o fundamento da ortodoxia cristã. Esse é, ao mesmo tempo, um antigo e novo mandamento. Para os leitores de I João, aquele não era um novo mandamento, pois eles já haviam aprendido a respeito disso antes (I Jo. 2.24; 3.11; II Jo. 6). A novidade desse mandamento estava respaldada na instrução de Jesus (Jo. 13.34). Cristo deu uma interpretação nova ao antigo mandamento que pode ser encontrado em Dt. 6.5; Lv. 19.18. O amor deveria ser levado até as últimas conseqüências, com altruísmo tal que poderia requerer a morte de quem ama. João refuta a heresia gnóstica não apenas pelas doutrinas ortodoxas, mas também pela ortopraxia, isto é, o modo de vida, que era pautado – na prática de vida dos gnósticos - não pelo amor, mas pelo ódio. Um verdadeiro cristão obedece a Deus e ama a seu irmão (I Jo. 2.9). Está em trevas significa exercitar o ódio, e por oposição, a prática do amor, significa estar na luz (Pv. 4.19). Somente pelas lentes do amor podemos ter uma visão graciosa do outro. Através delas os nossos julgamentos direcionados pela misericórdia, nossa conduta se harmoniza com o caráter de Cristo (Jo. 8.12; 11.9,10; 12.35).


2. A SUBLIMIDADE DO AMOR CRISTÃO: O amor cristão é produzido pelo Espírito, na medida em que esse, em nós e conosco, gera o Seu fruto (Gl. 5.22). Esse amor – ágape em grego – tem origem em Deus, pois Ele é amor (I Jo. 4.8). Ele amou o mundo de uma maneira tal que deu seu Filho Unigênito (Jo. 3.16). Do mesmo modo, devemos também entregar nossas vidas em amor pelos irmãos (I Jo. 3.16). Em I Co. 13, Paulo faz uma defesa contundente da sublimidade do amor cristão. A intenção do apóstolo é mostrar que a melhor linguagem do céu ou da terra, sem amor, é apenas barulho (v. 1). Por ser paciente, o amor tem uma capacidade inerente para suportar, ao invés de querer afirmar-se, o amor busca, prioritariamente, dar-se (v. 4). O amor não imputa o mal ao outro, sequer o leva em conta, não abriga ressentimentos pelas ofensas (v. 5). Alegra-se com a verdade, na verdade do evangelho (Jo. 5.56), que está em Jesus (v. 6).Tudo suporta, não fraqueja, não se deixa vencer em todas as dificuldades (v. 7). Os dons espirituais acabarão, no fim, quando Deus tiver cumprido o Seu plano (v. 9,10), mas não o amor. A fé é importante, bem como a esperança, mas nada supera o amor (v. 13).


3. A DEMONSTRAÇÃO DO AMOR CRISTÃO: O amor cristão não pode ser apenas em palavras, ele demanda ação. Não podemos esquecer que Deus deu Seu Filho Unigênito (Jo. 3.16). A igreja local precisa se acostumar ao exercício do amor. Existem várias maneiras de demonstrar o genuíno amor cristão. O fundamento basilar para a prática do amor é o sacrifício. Infelizmente poucos estão dispostos a tal, haja vista a tendência humana de sempre “tirar vantagem” do outro. Aqui cabe uma pergunta provocadora: o que posso fazer para tornar a vida do próximo melhor? Com certeza para responder a essa pergunta precisaremos “abrir mão de certas regalias”. A igreja de Jerusalém é um modelo nessa prática amorosa, os cristãos daquele tempo, já que viviam na esperança iminente da volta de Cristo, e em razão das perseguições, tinham tudo em comum. Não havia quem passasse necessidade entre eles, todos agiam para o bem do próximo (At. 2.41-46). Sejamos realistas, como toda igreja local, eles também tiveram problemas, por essa razão os diáconos foram estabelecidos para auxiliar os necessitados (At. 7). Podemos, então, ampliar a pergunta anterior e pensar: o que a igreja, como um todo, pode fazer para demonstrar amor cristão? Qualquer resposta, não apenas com palavras, mas em atitudes, será valiosa tanto aos olhos de Deus quanto daqueles que testemunham a nossa fé.


CONCLUSÃO: O amor cristão é forte, por isso a igreja deve buscar múltiplas formas de exercitá-lo (Cl. 3.12-17). Uma igreja que não pratica o amor está, como a de Corinto – estudada no trimestre passado – tomada pela carnalidade. Os partidarismos ficam evidenciados na busca egoísta pelo prazer a qualquer preço. Os cristãos pensam muito mais em si do que nos outros. Mesmo as questões teológicas se transformam em razão para discussões e contendas. Levemos em conta a máxima atribuída a Agostinho: Que o amor que nos une seja maior que as diferenças que nos separam. PENSE NISSO!



BIBLIOGRAFIA:


-Bíblia de Estudos Pentecostal
-Bíblia de Estudo em Cores
-Lições Bíblicas 3º. trimestre de 2009.

Deus é Fiel e Justo!

domingo, 12 de julho de 2009

JESUS, A LUZ DO CRENTE

Textos: I Jo. 1.1 - Jo. 8.12
irmaoteinho@irmaoteinho.com

OBJETIVO: Mostrar que somente iluminados por Cristo poderemos refletir a sua glória e ser luz para o mundo.

INTRODUÇÃO: A relação entre luz e trevas é recorrente nos escritos de João. O que Deus nos revela, nas palavras desse Apóstolo? A esse respeito estudaremos esta semana, mostrando que Jesus é a luz que dissipa as trevas. Ao final, veremos que os cristãos, como filhos da luz, devem resplandecer a luz de Cristo.

1. TREVAS E LUZ NOS ESCRITOS DE JOÃO: Nas Escrituras em geral, intelectualmente, luz é verdade, e trevas é ignorância e erro. Moralmente, luz é pureza e trevas é mal. A revelação de Deus através da mensagem profética é descrita na Bíblia como luz (Pv. 6.23; Sl. 119.105,130; II Pe. 1.19). Em Is. 42.6 e 49.6, Deus diz que faria Seu servo – Jesus - “luz para os gentios”. Paulo também escreveu aos crentes de Corinto sobre a “iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo” (II Co. 4.4,6). No Evangelho segundo João, existem várias passagens que tratam a respeito do simbolismo da luz. Três delas dão ênfase à luz como revelação da verdade (Jô. 9.4,5; 12.35, 36, 46; 11.9,10). Nesse evangelho, a luz tem um efeito moral, já que os homens são chamados a andar na luz. Em Jo. 3.19-21 há uma relação entre luz e pureza, trevas e mal. Por isso, os homens não apenas devem conhecer a verdade – intelectualmente – devem também praticá-la – moralmente. Não podem apenas ver a luz precisam também andar nela. Em I Jo. 2.8-11 encontramos uma alusão direta à luz em sua implicação moral. Qualquer pessoa que diz estar na luz (v. 9) precisa mostrar que está andando em amor (v. 10,11).

2. JESUS, A LUZ QUE ILUMINA AS TREVAS: Em Jo. 8.1-20, Jesus afirma ser a luz do mundo. Com essas palavras o Senhor declara que o mundo se encontra em trevas. Isso tem sido assim desde a queda do homem no pecado. Por andarem nas trevas os homens não compreendem a verdade de Deus. Mesmo com todo o avanço científico, as “trevas cobrem a terra, e a escuridão, os povos” (Is. 60.2). Jesus chama as pessoas a seguirem-NO para que deixem de andar em trevas e passe a ter a luz da vida. Esse ato deve ser integral, sem reservas, pois aqueles que seguem a Cristo precisam se entregar totalmente a Ele, seguindo o Cordeiro onde quer que Ele vá (Ap. 14.4). Deixar de seguir a Cristo é uma atitude de ignorância espiritual. Não existe outro modo de se aproximar de Deus, de sair das trevas, a não ser a aproximação do Pai através de Cristo (Jo. 14.6). A falta de conhecimento de Cristo é proporcional à ausência de conhecimento de Deus. Esse desconhecimento não é apenas de ordem intelectual, trata-se de uma falta de compromisso com o discipulado cristão. O Senhor disse que quem quiser ir após Ele deve negar a si mesmo, tomar a cruz e segui-lo (Mt. 16.24).

3. OS CRISTÃOS, FILHOS DA LUZ: No Sermão do Monte, em Mt. 5.14-17, Jesus afirma que os cristãos também são “a luz do mundo”, assim como Ele mesmo é a luz (Jo. 8.12; 9.5; 1.4,9; 3.19; 12.35,36). Os discípulos de Cristo devem resplandecer a Sua luz sobre o mundo, como luzeiros (Fp. 2.15), seguindo o exemplo também deixado por João Batista, a respeito do qual é dito que era uma lâmpada para os seus dias (Jo. 5.35). A luz deve ser colocada no velador – um sustentáculo de pedra fixado na parede no qual a lâmpada era posta – não debaixo de um alqueire – um recipiente utilizado para medir grãos. O objetivo da luz de Cristo sobre os crentes é para que os descrentes vejam “as boas obras” e glorifiquem ao Pai que está nos Céus.

CONCLUSÃO: Os crentes em Cristo devam andar na luz (I Jo. 1.7), isto é, ter uma vida santificada perante o Senhor e as pessoas crentes e descrentes (Ef. 5.8). Como diz o hino 96 da Harpa Crista: “Se na luz estamos, que divina luz! Se nos limpa sempre o sangue de Jesus, temos claridade em nosso coração, e vivemos nós na luz”.

BIBLIOGRAFIA
-Bíblia de Estudos Pentecostal
-Bíblia de Estudo em Cores
-Lições Bíblicas 3º. trimestre de 2009.
Deus é Fiel e Justo!

domingo, 5 de julho de 2009

JESUS, O FILHO ETERNO DE DEUS



Textos: I Jo. 1.1 - I Jo. 1.1-17; Jo. 1.1-4; Cl. 1.16,17

OBJETIVO: Mostrar que a sustentação da fé cristã repousa não só no fato de que Cristo está vivo, mas de que Ele é eterno.

INTRODUÇÃO: Os opositores de João negavam veementemente a divindade de Jesus. Para respondê-los e esclarecer a igreja, o Apóstolo revela que Cristo é o Verbo Eterno de Deus que se fez Carne e habitou entre os homens. Estudaremos a respeito do significado da expressão “Filho de Deus” nos escritos joaninos. Em Seguida, meditaremos a respeito do testemunho apostólico da encarnação do Verbo. E por fim, refletiremos sobre a eternidade de Cristo, o Verbo de Deus.

1. A EXPRESSÃO “O FILHO DE DEUS” NOS ESCRITOS JOANINOS: A expressão “Filho de Deus” é comumente usada não apenas no Evangelho de João para se referir a Cristo (Mt. 4.3; 16.16; Mc. 3.11; Lc. 1.35; 15.11; At. 8.37; Rm. 1.4; II Co. 1.19; Gl. 2.20; Ef. 4.13; Hb. 4.14). Nos escritos de João, essa expressão também acontece com certa freqüência (Jo. 10.36; I Jo. 1.18; 5.22; Ap. 2.18). Em algumas passagens do Novo Testamento, cristo é mostrado tão somente como o Filho (Mt. 11.27; Mc. 1.1; Jo. 1.18; 5.22; I Co. 15.28; Hb. 1.8; I Jo. 2.22). Em Jo. 3.16 Cristo é destacado por João como o Filho Unigênito. Em Lc. 1.32 Ele é descrito como o Filho do Altíssimo. O próprio Deus se refere a Cristo como “meu Filho amado” em várias situações (Mt. 3.17; Mc. 1.11; 9.7; Lc. 3.22; II Pe. 1.17; At. 13.33). Especificamente Nos escritos de João, a filiação divina tem como propósito mostrar a glória do Pai (Jo. 1.14) e tornar o Pai conhecido dos homens (Jo. 1.18). Conforme dito anteriormente, a essência singular da filiação de Cristo é destacado mediante o uso da expressão grega monogenés, isto é, unigênito. Com essa declaração João destaca que Cristo é o verdadeiro Deus (Jo. 20.31), e, desde a Eternidade, Cristo estava frente a frente com o Pai (Jo. 1.1). Nas Epístolas, João relaciona a filiação divina ao caráter messiânico de Jesus, para a revelação da vida eterna (I Jo. 5.20).

2. O TESTEMUNHO DA ENCARNAÇÃO DO VERBO: João testifica, na abertura da I Epístola, a respeito do “que sempre – desde o princípio – foi verdade quanto à Palavra da vida”, se referindo aquilo que já havia sido anunciado no Evangelho. O autor mostra, nesse trecho, a historicidade do Verbo Eterno. Ele entrou no tempo e foi manifestado aos homens. O Verbo se fez carne e se apresentou de modo que se tornou possível ouvi-lo, vê-lo e toca-lo. Assim, o Apóstolo pode testemunhar a respeito dessa revelação já que ouviu, viu e tocou, ressaltando assim suas credenciais. O propósito desse testemunho é que haja comunhão, incluindo a reconciliação com Deus em Cristo, pois nisso repousa a vida eterna. A revelação testemunhada por João visa trazer alegria, a felicidade completa que o evangelho de Cristo nos oferece. A alegria do Evangelho de Cristo é um tema comum nos escritos joaninos (Jo. 3.29; 15.11; 17.13; II Jo. 12). Essa declaração ecoa com o Sl. 16.1 “Na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra delícias perpetuamente”. O evangelho de Jesus é uma notícia alegre, pois nunca homem algum falou como Ele (Jo. 7.46). Aqueles que O ouviram foram privilegiados, foram, nas palavras do Senhor, bem-aventurados (Mt. 13.16,17; Lc. 10.23,24), mas os que crêem sem O ver também o são (Jo. 20.29), contanto que recebam a mensagem que Jesus ordenou que Suas testemunhas levassem adiante (Mt. 28.19-21; Mc. 16.15; At. 1.8).

3. A ETERNIDADE DO VERBO DE DEUS: O termo “verbo”, em Jo. 1.1, é às vezes traduzido por “palavra” em grego é “logos”. Há, na verdade, uma dificuldade para verter esse termo para uma outra língua. Alguns especialistas defendem que a expressão seria mais bem traduzida como “palavra em ação”. Isso porque o fundamento desse termo não seria a filosofia grega, mas o pensamento hebraico, que trata a respeito da palavra de Deus agindo sobre o mundo (Gn. 1; Sl. 33.6; Is. 7.3; 38.4; Sl. 104.20). O Verbo de Deus é Cristo cujas ações e palavras manifestam a revelação de Deus (Hb. 1.2) o que encontra eco nas palavras de Paulo em Cl. 1.16 afirmando que nEle – em Cristo – todas as coisas foram criadas e tudo subsiste. O Verbo é eterno, haja vista que Ele mesmo se apresenta como o Amém, o princípio da criação de Deus (Ap. 3.14). Em Jo. 1.15, João Batista declara a eternidade do Verbo ao reconhecer que Esse já existia antes dele. O profeta Isaias apresenta Cristo como o Deus Conosco e um dos seus atributos é o de ser Pai da Eternidade (Is. 9.6). Ao revelar-se como Filho de Deus e dizer que antes que Abraão existisse Ele já existia, Jesus incomodou os religiosos da Sua época, que quiseram apedrejá-lo por identificarem em suas declaração, uma identificação com a Deidade e um atributo da Sua existência eterna (Jo. 8.58).

CONCLUSÃO: Jesus é o Filho Eterno de Deus, não por criação – como os anjos, ou por adoção – como os crentes. Ele é, eternamente, o Filho de Deus, o unigênito do Pai. Quando se fez carne, Ele entrou na história da humanidade e revelou a glória de Deus. Por isso, podemos conhecer melhor o Pai, não apenas intelectivamente, mas afetivamente. Podemos ter um relacionamento mais íntimo com Ele porque Cristo, a Palavra Eterna, revelou um amor que até então era desconhecido. Por isso, como Tomé, podemos nos prostrar aos seus pés e declarar reverentemente “Senhor meu, e Deus meu!” (Jo. 20.28) e também declarar Aba (Rm. 8.15; Gl. 4.6), certos de que seremos ouvidos pelo Pai Nosso que está no Ceu (Mt. 6.9).

BIBLIOGRAFIA
-Bíblia de Estudos Pentecostal
-Bíblia de Estudo em Cores
-Lições Bíblicas 3º. trimestre de 2009.
Deus é Fiel e Justo!