segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O PERIGO DO ARDIL GIBEONITA


Textos: I Ts. 5.6 - Js. 9.1-6; 15,16.
irmaoteinho@hotmail.com


OBJETIVO: Mostrar que precisamos estar vigilantes para que não sejamos levados por aqueles que, com seus artifícios ardilosos, infiltram-se em nosso meio, visando impedir a concretização das promessas de Deus e para que façamos conchavos com o mundo.

INTRODUÇÃO: No estudo desta semana, estudaremos, a partir da infiltração gibeonita entre o povo de Israel, as conseqüências da falta de vigilância. A princípio, veremos que por causa daquele acordo, a autoridade do povo enfraqueceu. Em seguida, veremos as implicações imediatas da convivência com o engano, que solapa o caráter profético da igreja. Por fim, destacaremos alguns perigos diante dos quais a igreja atual está precisa estar alerta para não se deixar manipular.

1. A PROPOSTA ARDILOSA DOS GIBEONITAS: Os gibeonitas, temendo o poder do exército israelita, propuseram uma aliança amigável com o povo de Israel, a fim de preservar a vida. Eles ouviram falar das conquistas de Josué e imaginaram que, caso lutassem contra ele, seriam derrotados. Para evitar que isso acontecesse, se aproximaram de Israel para fazer um pacto, na verdade, tratava-se de uma manobra ardilosa, com o intuito de enganar o exército de Deus. Os gibeonitas, como os demais povos de Canaã, deveriam ser destruídos, conforme haviam recebido instrução divina (Dt. 7.1-6). Mesmo assim, Israel fez uma concessão, indo de encontra à Palavra de Deus, fizeram um acordo com os gibeonitas. Em Js. 9.4 e 5, está escrito que eles “tomaram sacos velhos sobre os seus jumentos e odres de vinho velhos, e rotos, e remendados; e nos pés sapatos velhos e remendados e vestes velhas sobre si; e todo o pão que traziam para o caminho era seco e bolorento”. Com essa falácia, queriam demonstrar que faziam parte de um povo distante, carente e desprovido de força. Na verdade, estavam ocultando sua verdadeira identidade a fim de tirar proveito do povo de Deus.

2. O PERIGO DO ACORDO COM O INIMIGO: Uma das principais estratégias do inimigo é provocar o enfraquecimento do seu oponente. Uma das formas de gerar essa condição é a mistura, isto é, a fragmentação do todo em partes. Os gibeonitas sabiam que não poderiam enfrentar o exército de Israel, por isso, propuseram um acordo, uma espécie de conchavo com Israel que enfraqueceu a autoridade do povo. Somente depois de três dias, após o fechamento do pacto, Israel apercebeu-se que havia sido enganado (Js. 9.16). Como conseqüência do acordo, por não mais poder quebrar a aliança feita em nome do Senhor (v. 15), os israelitas tiveram que honrar os inimigos, deixando de cumprir a ordenança de Deus. A união com aqueles que se opõem a Deus leva à desconcertante situação de abrir mão dos princípios bíblicos. Por isso, Paulo advertira aos crentes de Corinto, dizendo que um pouco de fermento levada toda massa (I Co. 5.6) e para que não estejamos em jugo desigual com os descrentes (II Co. 6.14). Isso não quer dizer que devamos nos privar do convívio com as pessoas que professam outra crença diferente da fé cristã. Jesus orou não para que os crentes fossem tirados do mundo, mas para que fossem libertados da influência do mal (Jo. 17.15). Um exemplo aplicável dessa situação é a presença de Daniel na Babilônia, ele não se deixou contaminar com as iguarias reais (Dn. 1.8). Mas, como Daniel, e principalmente, como Jesus, precisamos estar no mundo, mas não fazer alianças que ponham em risco nosso relacionamento com Deus (Jo. 7.7).

3. A IGREJA PRECISAR VIGIAR: A igreja contemporânea, como a de todos dos tempos antigos, se encontra em situação de risco. Os inimigos da fé cristã, em alguns momentos, afrontaram os discípulos de Jesus, como fizeram com os martes do coliseu romano ou na inquisição religiosa. Mas em certas circunstâncias, a estratégia tem sido outra, fazem o mesmo que os gibeonitas e tentam se infiltrar em nosso meio a fim de se misturar e nos enfraquecer. Precisamos estar vigilantes, atentos para que não venhamos a ser ludibriados. Não são poucos os “artistas” que se infiltram nas igrejas evangélicas, professando uma falsa conversão a fim de tirar proveito da boa fé dos crentes. Cobram cachês vultosos, engordam suas contas bancárias à custa dos irmãos necessitados. Alguns políticos também fazem o mesmo, se envolvem com as igrejas evangélicas, principalmente com os líderes, a fim de barganhar o voto dos irmãos, fazendo promessas descabidas para se elegerem e enriquecerem ilicitamente com o dinheiro público. A igreja não pode se vender a quem quer que seja. Sua função é profética, sua atuação deve ser em santidade a fim de denunciar o pecado. Quando faz algum conchavo, como aconteceu nos tempos de Josué, e mais recentemente, de Constantino, o resultado é a ausência de uma ortodoxia genuinamente bíblica. Pior que a perseguição é o acordo com o inimigo, isso, verdadeiramente, cala a voz da igreja e a descaracteriza enquanto igreja de Jesus Cristo.

CONCLUSÃO: As portas do inferno não podem prevalecer contra a igreja de Jesus. Isso o Senhor nos revelou e se encontra registrado em Mt. 16.18. Ele está dizendo que não devemos ficar na defensiva, que precisamos ser mais agressivos – em amor – a fim de que os planos do diabo, que age através do mundo, sejam desvelados. Para tanto, evitemos todo e qualquer conchavo que venha a nos desqualificar enquanto igreja profética. PENSE NISSO!

Versículo do dia

Ele é o teu louvor e o teu Deus, que te fez estas grandes e terríveis coisas que os teus olhos têm visto. Deuteronômio 10:21

E não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconciliação. Romanos 5:11

O SENHOR é a força do seu povo; também é a força salvadora do seu ungido. Salmos 28:8

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

DA DERROTA À VITÓRIA


Textos: Pv. 21.31 - Js. 8.1-7

OBJETIVO: Mostrar que não estamos sozinhos na luta da vida e que Deus nos dá armas espirituais para vencermos as batalhas.

INTRODUÇÃO: No estudo desta semana, veremos, inicialmente, que, após a derrota para Ai, o povo de Israel foi reconduzido à vitória. Em seguida, consideraremos que, como o povo de Israel, estamos, também, numa batalha espiritual não menos desafiante. Por fim, mostraremos que não estamos sozinhos nessa luta e que o Senhor nos proveu armas espirituais para vencer essa peleja.

1. APÓS A DERROTA ISRAEL É RECONDUZIDO À VITÓRIA: Após a derrota para o exército de Ai, em virtude do pecado de Acã, Josué ficou desanimado e foi motivado pelo Senhor a persistir na luta (Js. 8.1). Em seguida, Deus dá a estratégia que deveria ser observada a fim de que o povo saísse vitorioso da campanha (Js. 8.2-8). Aquela não era uma estratégia humana, antes foi revelada por Deus, portanto, deveria ser seguida à risca. À noite, Josué, o líder escolhido por Deus, enviou alguns soldados para o oeste de Ai, os quais deveriam aguardar o momento determinado para o ataque. Ao amanhecer do dia seguinte, outro grupo de soldados seguiu para o norte da cidade. Quando o exercito de Ai partiu para enfrentar esse grupo, acabou sendo surpreendido pelo outro grupo que invadia a cidade. O resultado da obediência foi a vitória completa, em conseqüência à obediência ao Senhor dos Exércitos. O próprio Deus assegurou a conquista sobre os inimigos de Israel, e como sinal, teve a “lança de Josué” (v. 26), demonstrando que do Senhor vem a vitória.

2. OS INIMIGOS DO CRISTÃO NA BATALHA ESPIRITUAL: A batalha do cristão nos dias atuais é diferente daquela dos israelitas dos antigos tempos, mas não menos renhida. A Bíblia nos revela que estamos envolvidos numa peleja espiritual. O apóstolo Paulo, em suas epístolas, destaca a existência desse tipo de batalha. Existem muitas invencionices humanas em relação a esse ensinamento bíblico. Para evitar especulações, devemos nos ater a esses textos: “Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo, e estando prontos para punir toda desobediência, uma vez completa a vossa submissão” (II Co, 10.3-6). Nós os cristãos, como Daniel nos antigos tempos, precisamos estar atentos ao poder satânico que atua nas esferas humanas (Dn. 10.12). Em Ap. 2.13, Jesus, na sua igreja a Pergamo, destaca que aquela cidade estava debaixo do controle de Satanás. Isso nos mostra que, de fato, existe uma luta a ser vencida pelos crentes, primeiramente contra a própria natureza pecaminosa (Rm. 6; Gl. 5.17-22), e contra o mundo (Tg. 4.4) que se opõe a Deus através dos poderes satânicos (Lc. 10.17-19).

3. AS ARMAS ESPIRITUAIS PARA VENCER A BATALHA: Conforme lemos em II Co. 10.3-6, temos armas poderosas em Deus para vencer as batalhar espirituais. Paulo, em Ef. 6.10-19, nos revela a natureza dessa peleja, bem como as armas das quais devemos nos munir para vencer-la. Ele admoesta a fim de que sejamos “fortalecidos no Senhor e na força do seu poder” (6.10), o que pressupõe uma batalha espiritual cujo vigor e energia vem de Deus. O Apóstolo também nos instrui a “tomar as armaduras de Deus” ou “Revesti-vos de toda a armadura de Deus”, indicando também que é uma batalha cuja capacitação vem unicamente de Deus (9 v 11), idéia que é reforçada no 13 quando fala em “tomar a armadura de Deus”. O revestimento recomendado por Paulo vem da parte de Deus. A couraça da justiça que nos amarra ou nos firma, são de Deus; o evangelho da paz que pregamos vem de Deus; o escudo da fé com o qual apagamos os dardos inflamados do diabo são de Deus; o capacete da salvação é de Deus; a espada do Espírito, é a palavra de Deus, e até mesmo a oração com a qual enfrentamos os poderes do diabo são orações no Espírito de Deus (6.14-19).

CONCLUSÃO: A luta do crente não é contra os poderes terrenos, mas contra as forças espirituais que habitam nas regiões celestiais. Por isso, nossas armas precisam também ser espirituais, e não materiais. É por meio delas, providas por Deus, que nos tornamos, como diz Paulo aos crentes de Roma, mais do que vencedores em Jesus, que nos livra do poder do pecado e da morte. Essa é a primeira batalha a ser vencida, as outras são dela decorrentes, pois nada, absolutamente nada nos separará do amor de Cristo (Rm. 8.37-39). PENSE NISSO!

Versículo do dia

Moisés, porém, disse ao povo: Não temais; estai quietos, e vede o livramento do SENHOR, que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes, nunca mais os tornareis a ver. Êxodo 14:13

E, em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai saber quem nela seja digno, e hospedai-vos aí, até que vos retireis. Mateus 10:11

Saberás, pois, que o SENHOR teu Deus, ele é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e guardam os seus mandamentos. Deuteronômio 7:9

domingo, 1 de fevereiro de 2009

A MALDIÇÃO DO PECADO


Textos: Rm. 6.23 - Js. 7.1,5-7, 11, 12

OBJETIVO: Mostrar que o pecado escondido é revelado pela palavra e pela santidade de Deus que o pune com reta justiça.

INTRODUÇÃO: Ao longo da Bíblia, nos deparemos com a dura realidade do pecado. O homem moderno tenta se desvencilhar dessa doutrina. Prefere acreditar que o pecado é invenção dos líderes religiosos. No estudo desta semana, veremos que, desde os tempos antigos, o pecado é real e sempre trouxe duras conseqüências à existência humana, basta lembrar-se de Adão e Eva (Gn. 3). Nos tempos de Josué, o pecado de Acã, conforme estudaremos adiante, provocou a derrota de Israel perante os seus inimigos. Na parte final do estudo refletiremos a respeito da doutrina do pecado no Novo Testamento, bem como os princípios bíblicos para ser liberto do seu poder escravizador.

1. O PECADO DE ACÃ E A DERROTA DE ISRAEL: Ao ler o capítulo 6 de Josué, versículos 17 e 18, observamos que Deus havia dado ordens expressas para que o povo não lançasse mão dos despojos de Jericó, pois se tratava de anátema ao Senhor. Mesmo assim, Acã, que era descendente de Judá, cujo nome significa “perturbação”, apropriou-se de uma capa babilônica, duzentos ciclos de prata e uma cunha de ouro (Js. 7.1,5, 21, 25). Seu pecado resultou em “perturbações” coletivas que levou Israel a derrota diante de seus inimigos (Js. 7.3-5). A principal lição que podemos extrair desse episódio é a de que o pecado é uma realidade e que esse traz conseqüências não apenas individuais, mas também coletivas (Js. 7.5). Por isso, faz-se necessário que o pecado seja descoberto (Js. 7.14, 15), que o pecador se arrependa de sua transgressão, o que não foi feito por Acã (Js. 7.21). Seguindo a instrução da Lei, aquele homem, e toda sua família, em decorrência do pecado, foi sentenciado à morte (Dt. 13.13-18; Js. 7.22-26).

2. A DOUTRINA BÍBLICA DO PECADO: Talvez seja angustiante para alguns pensar que o pecado de Acã pôde trazer conseqüências tão funestas não só para ele, mas para toda sua família. Isso, na verdade, revela a gravidade do pecado, e mais que isso, mostra que suas implicações envolvem outras pessoas, principalmente os membros da família. Ainda que nos dias atuais exista um forte movimento humanista que tenta negar a existência do pecado, fato é que ele está em toda a parte e em todas as camadas sociais. Paulo, em Rm. 3.23, diz que o pecado é universal, pois todos, indistintamente, pecaram, e por isso, foram distanciados da glória de Deus. Mais adiante, em Rm. 6.23, escreve que o salário do pecado é a morte, não apenas a física, também a espiritual. No Antigo Testamento, uma das palavras mais comuns para “pecado” é “pesa”, que é geralmente traduzida como rebelião, ofensa ou transgressão. Esse termo hebraico denota uma atitude de desobediência intencional, especialmente contra a lei de Deus (Am. 2.4-6). No Novo Testamento, o vocábulo grego “hamartia” é geralmente utilizado para referir-se à transgressão da lei (I Jo. 3.4). Paulo explica, em Rm. 5.12-13, que o pecado e a morte vieram através de um homem, a saber, Adão.

3. JESUS LIBERTA DO PECADO: A liberdade contra o pecado está em Jesus Cristo, pois Ele, mesmo tendo sido tentado de todas as formas, não pecou (Hb. 4.15; I Pe. 2.24). Deus fez com que Jesus, que não teve pecado, se fizesse pecado e maldição por nós (Gl. 3.10-13), a fim de que nos tornássemos justos (II Co. 5.21), de modo que somente o sangue de Jesus é capaz de nos purificar de todo pecado (Hb. 10.2-22). Por isso, se confessarmos os nossos pecados, Ele, Jesus, perdoa pecados e purifica de toda injustiça (Mt. 26.28; I Co. 15.3; Gl. 1.4; At. 4.12). Após o novo nascimento, o cristão não pode mais viver uma vida de pecado, pois a semente de Deus permanece nele (I Jo. 3.9). Por conseguinte, o pecado – hamartia – não pode mais ser uma característica da vida cristã. Ele passa a estar morto para o pecado e a viver para Deus em Cristo, a fim de oferecer a si mesmo a Deus, como aqueles que vieram da morte para a vida (Rm. 6.11-12; Hb. 12.1). A fé, e não mais o pecado, deve reinar na vida do cristão convertido (Rm. 14.23; I Jo. 5.17; Tg. 4.17), e não convensido.

CONCLUSÃO: No estudo desta semana, aprendemos, a partir do exemplo negativo de Acã, que o pecado é uma realidade com conseqüências reais, com implicações tanto individuais quanto coletivas. Para tanto, o pecador precisa se voltar para Cristo a fim de ser liberto da servidão do pecado (Jo. 8.36). A partir de então, a vida em santidade passa a fazer parte do caminhar do cristão, que não estará sozinho, mas contará com o auxílio do Espírito Santo que o ajudará a produzir nele, e com ele, o Seu fruto (Rm. 8.1-11; Gl. 5.22); Essa é a razão pela qual o cristão é admoestado a não mais pecar (I Jo. 2.1). Por outro lado, isso não quer dizer que ele é perfeito, por isso, caso venha a pecar, ainda que não tenha essa intenção, dispõe de um Advogado, Cristo Jesus, que é fiel e justo para perdoar os pecados e purificar de toda injustiça (I Jo. 1.9). PENSE NISSO!