quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Extremistas muçulmanos matam cristãos em dois estados do país


Extremistas muçulmanos estão empenhados em extinguir o cristianismo do meio da Nigéria. No dia 22 de setembro, os extremistas assassinaram cinco cristãos no Estado de Níger e outros três na semana anterior no estado de Kaduna, incluindo uma menina de 13 anos de idade.

Extremistas muçulmanos estão empenhados em extinguir o cristianismo do meio da Nigéria. No dia 22 de setembro, os extremistas assassinaram cinco cristãos no Estado de Níger e outros três na semana anterior no estado de Kaduna, incluindo uma menina de 13 anos de idade.

Supostos militantes do grupo islâmico Boko Haram, na cidade de Mandala, no estado de Níger, atacaram as propriedades comerciais de cristãos por volta das 8 horas da manhã. Os extremistas ordenaram que eles recitassem versos do Alcorão, mas os cristãos não sabiam nenhum verso do livro islâmico e então foram assassinados.

O som dos disparos contra os cristãos fez com que os moradores da região chamassem a polícia, que chegou ao local e viu que cinco cristãos haviam sido mortos. Richard Oguche Adamu, um porta-voz da polícia do Estado de Níger confirmou os cinco assassinatos.

Richard disse ao Compass que o ataque estava diretamente ligado aos membros do grupo extremista islâmico Boko Haram que recentemente bombardearam locais de propriedade cristã.

Os mortos no ataque feitos foram: Emmanuel, John Kalu, Uche Nguweze e Oliver Ezermath. A identidade do quinto cristão não foi imediatamente reconhecida, pois seu rosto estava muito desfigurado e não possuía documentos para identificação.

O grupo Boko Haram declarou jihad contra o governo da Nigéria em uma tentativa de impor a lei da sharia no norte do país. Outra preocupação é que, possivelmente, esse grupo tenha formalizado fortes ligações com a Al-Qaeda no ano passado. A lei da Sharia já está em vigor em 12 estados no norte do país.

Estima-se que a população da Nigéria seja de aproximadamente 160 milhões de pessoas, que é divido em 51,3% de cristãos, que vivem principalmente no Sul, e os muçulmanos representam 45% da população.

Ore pela Nigéria:

  • Para que os cristãos que estão sofrendo ataques e perseguições possam encontrar coragem no Senhor e que não desistam de sua fé em Jesus.
  • Ore para que possa confortar as famílias que perderam entes queridos assassinados pelo Boko Haram. Que Deus possa confortar o coração deles com o Seu amor.
  • Ore para que o governo tome providências e para que esses ataques terroristas contra cristãos cesse dentro da Nigéria.
FONTE: http://www.portasabertas.org.br/noticias/2011/10/1149146/



terça-feira, 4 de outubro de 2011

LIDERANÇA CRISTÃ E NEEMIAS

Liderança espiritual, á um assunto por demais abrangente e precisamos de dois recursos: tempo e experiência, para abrangê-lo em sua totalidade.

Gostaríamos de usar neste primeiro momento o exemplo de Neemias que do ponto de vista prático, é o líder mais contextualizado com nossa realidade. Em primeiro lugar devemos olhar para a natureza do chamado de Neemias.

1 - O Chamado de Neemias (Ne..1:1-4;2:4,5)

a) Um chamado "natural" (V.2 )

b) Um chamado “desafiador" (2;13b,17)

O chamado de Neemias para servir a Deus é um acontecimento relatado por judeu, como algo natural que acontece na vida de um homem de Deus. Não há nada de “místico”, "esotérico" ou “extraordinário”, na forma como Deus chama Neemias. Aliás, esta é uma característica da maioria dos chamados de Deus na Bíblia de pessoas, para liderar o seu povo, vejam por exemplo, o chamado de Abraão (Gn. l2:lss), ou mesmo o chamado de Moisés ( Êx,3:1ss), No Novo Testamento também encontramos essa mesma perspectiva da parte de Jesus, ao escolher seus discípulos (Mc. 1:16-20; Jo.1:39 “...Vinde, e vede. Foram, pois, viram onde Jesus estava morando; e ficaram com ele..."). Em todos estes exemplos, o chamado de Deus acontece, na dinâmica da vi­da, na trajetória natural dessas pessoas.

Com Neemias, não acontece diferente. Ele estava no desenvolvimento de suas atividades diplomáticas ( ele era um diplomata do rei Artexerxes), quando Deus o chama para realizar uma grande obra", ele não estava no Templo orando para que Deus lhe mostrasse a Sua vontade, ele não estava numa reunião de oração de muito "poder", não! Neemias estava na "cidadela de Susã "( antiga capital da Pérsia) provavelmente cuidando dos negócios do rei. Desenvolvendo sua atividade profissional.

Aqui, podemos estabelecer um paralelo, entre o chamado de Neemias, e o nosso próprio chamado ministerial, na obra. Ao nosso vê, temos diante de nós a mesma perspectiva de chamado de Neemias (Ne. 4:1-3-11). Todos foram chamados dentro do curso de suas atividades normais, não houve qualquer interrupção abrupta, ou cenas dantescas, apenas um convite de Deus para assumir com responsabilidade uma tarefa desafiadora. Como Neemias todos foram chamados a partir de “conversas” informais com um dos irmãos (Ne.1:2a). A resposta portanto depende muito da nossa disposição para servimos a Deus a ao próximo( Ne 2:18b ).

Nós também temos diante de nós uma realidade desafiadora de "construir" uma nova geração de lideres cristãos: mulheres e homens de Deus, que respiram Sua Palavra que cultivam intimidade com Ele que sabem discernir Sua vontade nos acontecimentos mais corriqueiros da vida como o soube Neemias. Vidas que mesmo inacabadas não apresentam "brecha alguma" (Ne.6:1). Agora para que cheguemos a isso, precisamos observar alguns detalhes na experiência de Neemias que bem delineiam a responsabilidade do líder espiritual.

2 – O compromisso com a oração (2:4).

Eu estava pensando um dia desses: quantos de nossos problemas de relacionamento falta de recursos financeiros, desânimo e outras coisas mais, poderiam ser facilmente resolvidos, se realmente orássemos: Eu não falo de ficarmos diante de Deus, balbuciando palavras sem sentido, enfadonhas que não expressam de fato a realidade que vivemos. "Então orei ao Deus dos céus". Neemias era o líder, ele mais do que ninguém, tinha a obrigação de erguer a voz e pedir misericórdia.

A oração é a marca do líder que confia em Deus, como bem dizia Lutero: "quem não tiver fé verdadeira não saberá orar" , ou como expressa Calvino "A oração protege-nos do ceticismo que insinua ser o objeto da fé mera ilusão ou projeção de nossos anseios apenas". Liderança sem oração gera ministério sem poder. Como bem dizia um grande missionário: “Muita oração, muita poder, pouca oração pouco poder, nenhuma oração nenhum poder".

Seria muito importante, reavaliarmos nossa vida de oração diante da obra que Deus tem nos chamado a desenvolver. "A questão não é orar até que Deus nos ouça o que lhe pedimos, mas até entender aquilo que Ele nos pede" (Sóren Kierkegaard).

a) O conteúdo da oração de Neemias (1:5-7)

Qual foi o conteúdo da oração de Neemias? Precisamos reconhecer que a causa dos problemas, muitas vezes está em primeiramente em nós "...pois eu tenho pecado ( 1:7c). Eu passei longos anos de minha vida para aprender uma lição: que "eu" não posso ser líder espiritual, não posso conduzir o Povo de Deus, se não tiver a capacidade de reconhecer o pecado em mim primeiramente. A primeira coisa verdadeiramente grande que Neemias faz é reconhecesse pecado diante de Deus. Não é o pecado dos outros que interessam primeiramente, mas o seu próprio pecado. Quanto podemos fazer pelo Reino, pela Igreja e pela ABU se entendermos essa verdade fundamental, que norteou a vida de Neemias e que sem dúvida de todos os líderes que Deus levantou em todos as tempos! A minha relação de ajuda de condução das pessoas á Deus passa pela confissão das minhas falhas, pessoais. Porque: "Eu só posso levar alguém tão perto de Cristo, quanto eu estou" (Reinold Frenzel).

b) A paixão de Neemias pelo seu povo (Ne.1:8-10).

Um segundo momento na oração de Neemias é marcado pela paixão pelos seus contemporâneos.

Como líderes temos que orar apaixonadamente, pelos nossos liderados, pela Igreja e comunidade que fazemos parte. Eu gosto de uma expressão de Gandhi, sobre a oração: "Na oração, é melhor ter um coração sem palavras do que palavras sem coração". E isso é extremamente Bíblico "Onde estiver o vosso tesouro ai estará o vosso coração "(Mt. 6:21).

A pergunta que devemos fazer aqui é: “Quanto de nosso ser está dedicado a esse empreendimento”? Eu não me refiro só à quanto do nosso tempo (Cronos) ou das nossas poses, mas do nosso ser, do nosso coração está nisso. Se não temos o coração na obra, não temas nada na obra. Na bíblia o coração não é só o órgão vital da vida biológica, nem tão pouco somente a sede das emoções, Ele é acima de tudo a sede das decisões do ser humano. Onde ele decide amar, odiar, sofrer pelo outro (ter paixão) morrer se for necessário para que o outro tenha vida. Essa é a dimensão da paixão que queremos desta­car como vindo do coração da totalidade do ser humano: "...sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração porque dele procedem as fontes da vida"'(Pr"4:23).

É essa integralidade de Neemias na obra do Senhor, que lhe permitia perceber seu pecado, mas lhe sensibilizava diante dos seus liderados ( Ne.4:4), deve estar presente também em nossos ministérios e corações como líderes.

Talvez tivéssemos que gastar muito tempo falando da vida apaixonada de Neemias, Moisés, Josué, Davi e tantos outros lideres que a Bíblia apresenta. Uma coisa iríamos encontrar neles "paixão" pelo povo que eles lideravam. Com respeito aos lideres Bíblicos Sanders comenta: "Não foram líderes devido ao brilho de seus pensamentos nem devido a terem recursos inexauríveis, nem devido á cultura magnífica, ou aos dons naturais, mas por causa do poder da oração - pelos seus liderados - através da qual comandam o poder de Deus".


3 - O compromisso de Neemias.

Um terceiro momento na experiência de liderança de Neemias que queremos destacar é, o seu compromisso.

Eu temo que o uso dessa palavra no contexto evangélico e, mas particularmente, no contexto da obra de Deus, venha de alguma forma enfraquecê-la no seu verdadeiro significado, e que a freqüência com que temos empregado o termo compromisso roube a força que contém e enfraqueça-nos nessa dimensão. Todavia, é preciso destacar essa característica acentuada que tanto marcou o ministério de Neemias e que precisa marcar também o nosso ministério com as vidas.

O compromisso de Neemias pode ser notado em dois níveis diferentes:

a) o compromisso vertical (com Deus Ne. 2:12-18a).

De um lado podemos observar o quanto Neemias valorizava os encontros secretos com Deus sem fazer alarde ou propaganda para chamar à atenção sobre sua espiritualidade, do outro lado, a clareza com que Neemias percebe sua relação com Deus como aquele que “estivera” sempre com ele V.18a.

b) O compromisso horizontal (com o outro Ne.2:1-3,10).

Por outro lado, esse compromisso com Deus só encontra sentido para Neemias, na medida que serve para ajudar seus irmãos e concidadãos. A tarefa de liderar não era apenas um ato de cidadania, mas, sobretudo, o resultado do seu encontro com o Deus que sempre está atento ao clamor do seu povo (Ne.1:11), para levantar alguém que o possa liderar.

4 - Os custos da liderança

Outro momento fundamento no modelo de liderança de Neemias diz respeito ao custo da liderança (Ne.2:17-18).

Se alguém não estiver preparado para pagar um preço, maior do que seus contemporâneos e colegas estejam dispostos a pagar, não deverá aspirar à liderança no trabalho de Deus. Não importa quanto tempo a gente leva para compreender isso, Deus é paciente, mas nunca indolente (desleixado, descuidado), para essa exigência. A verdadeira liderança exige custo elevado, a ser cobrado do líder e, quanto mais eficiente a liderança, maior o custo (Ne.2:19; 6:1-4; Mc.10:38).

Hogg, fundador do Instituto Politécnico de Londres, investiu nesse empreendimento grande fortuna. Quando lhe perguntaram quanto lhe havia custado a construção de tão grande instituição, ele respondeu: “não muito, simplesmente o sangue de uma pessoa”. Comentando esse fato Sanders diz o seguinte: “este é o custo de todas as grandes realizações, o qual não é pago de uma vez, à vista, é pago em prestações, de acordo com um plano de pagamentos que prevê uma prestação à cada novo dia. Novas cobranças são feitas constantemente, e se o pagamento cessar, a liderança desvanece. Este fato foi ensinado pelo Senhor quando Ele nos explicou que não poderíamos salvar os outros e a nós mesmos, ao mesmo tempo” (Lc.9:24). Qual foi o preço que Neemias teve de pagar?

a) Auto-sacrifício (Ne.1:11;2:1ss;5:5). Não foi uma opção de Deus tirar-lhe a posição social ou profissional, Neemias decidiu consciente e voluntariamente sair da sua função, ele pediu demissão do cargo (Ne. 2:5). O auto-sacrifício é parte do preço que deve ser pago diariamente (Lc.9:23). Fugir do auto-sacrifício, é fugir da liderança.

Todas as pessoas chamadas por Deus para liderar o seu povo caracterizaram-se pela prontidão para renunciar preferências e privilégios pessoais, para sacrificar desejos legítimos e até naturais, por amor a Deus e ao próximo.

O Dr. Samuel Swemer chama à nossa atenção para o fato de que após sua ressurreição, Jesus fez questão de mostrar uma única coisa aos seus discípulos: “suas cicatrizes”. Seus discípulos não o conheceram, nem a Sua mensagem, no caminho de Emaús, mas quando viram suas cicatrizes, ficaram atônitos “...mostrou-lhes as mãos e os pés...”(Lc.24:40).

O apóstolo Paulo, comentando sobre as cicatrizes do seu ministério, fala dessas como marcas autênticas da liderança do povo de Deus, as quais ninguém pode jamais nos tirar, ele diz: “quanto ao mais, ninguém me moleste; porque trago no corpo as marcas de Jesus” (Gl.6:17) “...trazendo sempre no corpo o morrer de Jesus para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo...” (2Co.4:11ss).

Any Wilson Carmichael escreve um poema que diz:

Não tens cicatrizes? Nenhuma cicatriz escondida, no pé, na mão, ou no lado? Ouço-as sendo cantadas, pela terra, Ouço-as saudando a brilhante estrela da manhã. Não tens cicatrizes? Não tens ferimentos? Contudo, fui ferido pelos arqueiros. Encostaram-me numa arvore, para morrer, E rasgado por bestas vorazes, que me rodeiam, Desfaleci: Não tens ferimento? Nenhum ferimento? Nenhuma cicatriz? Sim, seja o servo como seu senhor; Os pés que me seguem são traspassados. Contudo, os teus pés estão íntegros. Teria seguido até bem longe, Aquele que não tem ferimento? Nenhuma cicatriz?

b) Solidão (Ne.2:11-20). Existe uma diferença entre solidão e ser solitário. A primeira é uma condição que tem haver com um certo “ermo”, “deserto” ou com um “estado” psicológico, em que o líder se encontra frente as condições reais da liderança. A segundo aponta para um abandono de todos, uma ausência de companhia e perspectiva. Neemias está “só”, mas nunca é solitário, ele é solidário. A solidão do líder não precisa ser um ostracismo, ele pode ter esse momento como uma dádiva de Deus para crescer na direção dos outros, como fez Neemias: “Tendo ouvido estas palavras, assentei-me, e chorei, e lamentei por alguns dias...” (1:4).

Pela sua própria natureza, o líder está numa condição de solidão, ele precisa está à frente de seus seguidores, tem visão na frente, deve estar preparado para caminhar sozinho quando for necessário. Temos um exemplo de nossos dias na pessoa e obra de Hudson Taylor, o fundador da Missão para o interior da China.

c) Pressão e Perplexidade (Ne. 4:10;6:5-9,11) – Aqueles que nunca se viram numa posição de liderança poderiam pensar que uma experiência maior, e uma comunhão mais longa com Deus, resultariam em maior facilidade para discernir-se a vontade de Deus, em situações perplexas. Mas, o texto de Ne. 6, mostra que, o contrário que é verdade, com freqüência. Depois de muitos ataques sofridos, foi que Neemias pôde discernir a voz de Deus, a despeito de toda intimidade que ele demonstra ter com o Senhor.

Aqui Hudson Taylor nos dá outra lição muito importante. Ele disse, certa vez, que quando jovem, as coisas eram definidas, tão mais claramente e rapidamente. “Contudo – disse ele – agora depois de tanto tempo, após Deus ter me usado mais e mais, pareço um homem caminhando pela neblina densa. Não sei o que fazer”. Foi essa basicamente a situação de Neemias em 6:9b; 13:31.

5 - Encarnação da sua responsabilidade (Ne.6:1)

Finalmente queremos apontar a disposição para encarnar a responsabilidade do trabalho de Deus. Quando temos certeza de estarmos onde Deus nos quer, a melhor coisa que fazemos é enfrentar todos os inimigos que se levantam diante de nós, e respondermos a Deus “...eis-me aqui envia-me a mim...Is.6:8.

O desafio está ai, a cidade está “assolada”, o rebanho precisa de pastor, o chamado de Deus é constante, o que fazer? Como bem expressa Horatius Bonar em seu livro Um recado para ganhadores de alma: “Vá, trabalhe enquanto é dia, uma noite escura cairá sobre o mundo...” Talvez essas palavras devam fazer eco às palavras de Jesus no Evangelho: “Meu Pai trabalha até agora e eu também. Trabalhai enquanto é dia, pois a noite vem, na qual ninguém faz obra alguma”.

Postado por Miss. Anderson Souza


FONTE: http://restauracaocuraevida.blogspot.com/2011/05/lideranca-crista-e-neemias.html


LIDERANÇA EM TEMPOS DE CRISE


Texto Áureo: Ne. 2.20 - Leitura Bíblica: Ne. 2.11-18

Objetivo: Mostrar aos alunos que na expansão e consolidação do Reino de Deus é imprescindível que ajamos com sabedoria, coragem, entusiasmo e fé.

INTRODUÇÃO

Nos momentos de crise os líderes chamados por Deus fazem à diferença. Na lição de hoje estudaremos a respeito da atuação de Neemias diante dos seus liderados. A princípio, veremos que Neemias se posicionou como um servo de Deus. Em seguida, atentaremos para o exercício da liderança em tempos difíceis. E por fim, destacaremos a necessidade de ousadia para realizar reformas em momentos de crise.

1. NEEMIAS, O LÍDER-SERVO

Como servo do Deus dos céus, Neemias demonstra praticidade na realização da vontade do Soberano. Mas antes, o servo do Senhor aguardou o momento certo para tomar as decisões necessárias. Ele ora a Deus para que tenha a oportunidade de adentrar a presença do rei, e para que obtenha êxito em seu intento (Ne. 1.11). Ele demonstra saber esperar e essa é uma lição para todo aquele que exerce a liderança. O tempo da espera não é tempo perdido, mas de reflexão, a fim de evitar atitudes precipitadas (Ne. 2.1). Neemias também revela confiança , ainda que tenha inicialmente temido ao rei, Ele ousou e teve coragem de dizer o que estava em seu coração (Ne. 2.2,3). Mas antes de responder à preocupação do rei, Neemias orou a Deus, ele sabia que de nada adianta tomar decisões se essas não tiverem a aprovação do Senhor (Ne. 2.4,5). Depois de ter orado e aberto seu coração perante o rei, Neemias planejou o que devera ser feito. Ele demonstrou que tinha conhecimento da situação e não estava apenas especulando (Ne. 2.6). Diante da indagação do rei a respeito da situação, Neemias solicitou sua proteção e a provisão para realizar o trabalho (Ne. 2.7). O rei atendeu ao seu pedido, não porque fosse bom, mas porque a mão graciosa de Deus estava no comando (Ne. 2.8). Neemias era servo de Deus, por isso deu glória ao Senhor por haver concretizado seus intentos.

2. LIDERANÇA NA CRISE

Algumas pessoas são chamadas por Deus para liderarem em tempos de crise. Neemias foi um dos tais. Homens e mulheres vocacionadas por Deus para tempos de crise olham para além das circunstâncias. Líderes dessa natureza não surgem de uma hora para outra, é resultado de um processo de formação. Deus preparou Neemias para aquele momento, ele próprio tinha consciência do seu chamado especial para a reconstrução de Jerusalém. Antes de agir, ele chora (demonstra sensibilidade), ora (busca a orientação de Deus) e jejua (demonstra dependência de Deus). Neemias sabia avaliar as circunstâncias e percebeu que a reconstrução da cidade dependia de uma decisão política. Isso porque o rei Artaxerxes havia decretado a parada do serviço de reconstrução (Ed. 4.21). A atuação política de Neemias precisa ser contextualizada e avaliada nos dias atuais. Ele não intercedeu ao rei para pedir algo a seu favor, mas para o bem do seu povo, a fim de que a nação saísse da miséria e do opróbrio. Ciente dessa condição, Neemias planejou as condições para a realização da obra de Deus, avaliou condições físicas, pois a viagem demoraria quatro meses, por isso, ele esperou três dias (Ne. 2.11). Os obreiros do Senhor precisam estar atentos às suas limitações físicas, para tanto, devem atentar para uma alimentação equilibrada, evitar excessos físicos, e principalmente, não sacrificar as horas de sono. Depois do tempo de refrigério, Neemias partiu em busca da realização do projeto de Deus. Ele apercebeu-se da oposição que teria para o desenvolvimento do trabalho (Ne. 2.10,12). Reconhecer a verdadeira oposição é fundamental, muitos líderes criam seus opositores, e, às vezes, vêem oposição onde não há. Quem pensa diferente necessariamente não está contra a realização da obra de Deus. Líderes que atuam em tempo de crise devem aprender a tirar proveito daqueles que pensam de modo distinto. Esse critério deva ser avaliado na separação de obreiros para atuarem no serviço cristão. Jesus soube lidar com a diferença em seu corpo apostólico, e principalmente, tirar proveito das peculiaridades de cada um dos seus discípulos. Neemias fez com que seus liderados percebessem que os problemas não eram dos outros, mas também deles, que não apenas a nação estava com problemas, que eles próprios eram a nação (Ne. 2.17). Em seguida, inspirou a confiança neles, para isso, revelou-lhes que Deus o havia comissionado para uma tarefa, e que esse mesmo Deus estaria com eles nesse processo (Ne. 2.18). Ele sabia que enfrentaria oposição, e que seus liderados deveriam saber conviver com essa realidade e saber como responder àqueles que se voltam contra a obra de Deus (Ne. 2.19,20): identificando quem são eles e avaliando suas reais motivações.

3. REFORMAS EM TEMPOS DE CRISE

A reforma era uma necessidade premente diante da condição de pobreza, desânimo e oposição na qual a nação se encontrava. Na Idade Média, os reformadores perceberam a carência de mudança nos ditames da igreja cristã. Lutero e Calvino foram instrumentos de Deus a fim de que a Igreja retornasse às Escrituras. Sem entusiasmo, a obra dificilmente será realizada, sem paixão ninguém faz coisa alguma no reino de Deus (Jr. 20.9). Paulo revelou esse entusiasmo ao declarar: “Em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus” (At. 20.24). Mas para que a reforma seja realizada de acordo com a vontade de Deus, é preciso: 1) avaliar antes de agir (Ne. 2.11), isso dará oportunidade de analisar as condições; 2) investigar antes de motivar (Ne. 2.12), todo trabalho exige sacrifício, e as pessoas devem estar cientes desse; 3) saber calar antes de falar (Ne. 2.12,16), o silêncio é precioso, principalmente diante dos opositores; e 4) diagnosticar a natureza dos problemas (Ne. 2.17), se não identificarmos os problemas, é possível que resolvamos não-problemas e criemos problemas onde não existem. Além do mais, toda reforma bem sucedida acontece no processo de cooperação. Nesse sentido, a motivação correta deva ser apresentada, no caso de Neemias, o patriotismo justificava as atitudes. O líder deva dar o exemplo, caso contrário, não servirá de inspiração. Ao invés de dizer “vá e construam”, Neemias disse “venham e construamos”. A motivação para a concretização da obra deve estar respaldada pela Palavra de Deus. O Senhor é o Motivo de pelejarmos com integridade e coragem. A benção de Deus é o fundamento para a restauração da Sua obra (Ne. 2.20).

CONCLUSÃO

As crises são inevitáveis, cedo ou tarde, toda obra enfrentará dificuldades. A forma como lidamos com as crises é que faz toda diferença. Diante delas, os líderes chamados por Deus se revelam. Aqueles vocacionados por Deus para enfrentar as crises devem agir com sabedoria, coragem, entusiasmo e fé. Uma demonstração dessas características está na disposição para avaliar as circunstâncias, a disposição para agir diante das adversidades, a motivação correta que seja capaz de inspirar outros e, sobretudo, a confiança em Deus para realizar o que está além da nossa capacidade.

BIBLIOGRAFIA

BROWN, R. The message of Nehemiah. Downers Grove: Intervarsity Press, 1998.

LOPES, H. D. Neemias. São Paulo: Hagnos, 2006.

Publicado no blog Subsidio EBD

SALVAÇÃO


A Salvação, um novo nascimento

Deus ao criar o ser humano o fez perfeito e completo. Coroa de Sua criação. Imagem e semelhança Sua. E, desta forma, Sua obra não estaria completa acaso o ser humano fosse incapaz de tomar decisões por si próprio, de executar as ações decorrentes destas decisões, bem como de entender as conseqüências de seus atos. Neste contexto disse Deus ao homem:
"... De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gênesis 2:16-17 ACF)
Mas, a serpente disse:
"... Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal" (Gênesis 3:4-5 ACF)
E preferiu o ser humano crer na serpente a crer em Deus. Faltou-lhe fé em Deus. Faltou-lhe obediência a Deus. E por este pecado, o maior de todos, a falta de fé no Deus Verdadeiro, foi o ser humano expulso do paraíso e fez-se separação entre Deus e os homens:
"Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça" (Isaías 59:2 ACF)
E o pecado e todo o mal entraram para a natureza humana e isto lhe causou, por condenação divina, a morte. Pois, mesmo tendo Deus, desde o início, advertido o homem do resultado da desobediência: "Se comeres, certamente morrerás...", ainda assim o homem, dando ouvidos à serpente, ignorou o aviso e, portanto, merecendo foi condenado por suas ações.
Mas, apesar do pecado e da maldade e da escuridão do coração humano, Deus em Sua infinita misericórdia nos amou a ponto de, mesmo estando nós mortos em nossos pecados, providenciar o meio para que pudéssemos nos salvar da condenação eterna causada por nossos pecados. E esta salvação exige que nós venhamos a nascer novamente:
"Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus" (João 3:3 ACF)
Mas, que tipo de nascimento é este?
Certamente não é um nascimento físico, pois se nasce apenas uma vez, mas sim, um nascimento espiritual, um milagre de Deus, um segundo nascimento durante a vida:
"... Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus" (João 3:5 ACF)
E de que forma podemos passar por este novo nascimento e ter acesso ao reino dos céus?
Existem alguns passos a serem dados de modo a que cheguemos a este novo nascimento, e Deus em sua infinita sabedoria os fez bastante simples, de modo que qualquer pessoa independentemente de seu grau de instrução possa segui-los e vir a se salvar da condenação eterna:
1º passo: Você deve se reconhecer como um pecador. Para Deus nenhum pecado é admitido, pois qualquer pecado condena por todos os pecados:
"Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos" (Tiago 2:10 ACF)
Não há qualquer pessoa no mundo que não tenha pecados:
"Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus... Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Romanos 3:10-11,23 ACF)
Você se reconhece como sendo um pecador? Você sente que necessita da misericórdia e do amor de Deus? Se sim prossigamos...
2º passo: Deus pede que você se arrependa de seus pecados:
"... se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis" (Lucas 13:5 ACF)
Mas:
"Perto está o SENHOR dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito" (Salmo 34:18 ACF)
Confesse agora os seus pecados a Deus. Apresente-se a Ele com o coração aberto e quebrantado. Arrependa-se sincera e profundamente de seus maus caminhos e entregue o comando de sua vida ao Senhor.
3º passo: Creia que Deus enviou Seu filho unigênito para cumprir a pena que seria sua!
"Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5:8 ACF)
Creia profundamente no amor de Deus. Creia completamente no amor de Jesus Cristo, que veio e pagou com Sua vida na cruz para que você hoje possa ficar livre da condenação eterna e receber graciosamente a vida eterna! E para isto basta crer:
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16 ACF)
Deus amou o mundo, e em especial a você, de uma tal maneira, qual seja, completamente, sem restrições, com um amor infinito, em tal proporção que deu seu filho unigênito para que morresse na cruz, para que todo aquele que nele crê, com um coração arrependido e quebrantado, não pereça, mas tenha a vida eterna! Que promessa maravilhosa! Que amor maravilhoso Deus tem por nós!
4º passo: Receba a Cristo como Senhor de sua vida e faça parte AGORA da família de Deus:
"Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome" (João 1:12 ACF)
Todos os salvos são parte de uma mesma família, uma família que está destinada a estar ao lado de Deus, gozando de prazeres, delícias e maravilhas indescritíveis por toda a eternidade!
E não é necessário fazer nada para receber tão grandioso presente. Basta que você se arrependa dos seus pecados e creia no sacrifício que Jesus fez por você. É isto mesmo, nada do que você tenha feito ou que possa vir a fazer tem qualquer valor para Deus no que concerne à remissão de seus pecados:
"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2:8-9 ACF)
Coloque neste momento sua fé no único que pode te salvar:
"E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" (Atos 4:12 ACF)
Entregue o seu caminho ao Senhor Jesus, tranqüilize seu coração e viva uma vida de alegria mesmo nos momentos mais difíceis, encontre enfim a paz que você sempre procurou, atenda AGORA ao chamado de Jesus:
"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve" (Mateus 11:28-30 ACF)
Se você sentiu em seu coração uma imensa alegria, se você permitiu que o Senhor Jesus Cristo fizesse em você o milagre do nascer de novo, então, peço que você ore a Deus neste momento. Ore mais ou menos com estas palavras:
"Senhor meu Deus, peço de todo o coração que o Senhor me conceda o dom gratuito da vida eterna e que o teu Espírito Santo venha habitar em meu coração. Reconheço que sou um pecador e que não mereço tamanho presente, mas coloco, deste momento em diante, a minha confiança em ti e no sacrifício supremo que Jesus Cristo fez por mim na cruz do Calvário.
Recebo neste momento a Jesus Cristo, Teu Filho, como Senhor e Salvador de minha vida, e peço que o Senhor me conceda a força necessária para segui-lO por toda a minha vida. Esta é a oração que Te faço em nome de Jesus Cristo. Amém"
Se você foi realmente sincero ao fazer a oração acima, esta foi a oração mais importante de toda a sua vida!!! Você acabou de passar da morte para a vida, das trevas para a luz!
Mas, e agora? O que fazer? Aonde ir?
Escreva-nos a respeito! Teremos o máximo prazer em te orientar sobre estes primeiros passos na vida cristã!
E seja bem-vindo à família de Deus!

Fonte: http://aprendacomcristo.blogspot.com/p/salvacao.html