OBJETIVO: Compreender que Deus repudia ao pecado, e, por isso, a igreja deve intervir na disciplina com vistas à saúde espiritual.
INTRODUÇÃO: A igreja de Corinto, como toda igreja carnal, além das divisões e partidarismos, tinha casos vergonhosos de imoralidade sexual (porneia em grego). No estudo desta semana, estudaremos a respeito da situação imoral na qual se encontrava aquela igreja. Em seguida, mostraremos algumas recomendações bíblicas quanto à disciplina da igreja diante do pecado. Ao final, destacaremos que a disciplina é necessária, e mais que isso, é saudável tanto para a igreja quanto para aquele que é disciplinado.
1. A IMORALIDADE NA IGREJA DE CORINTO: Na igreja de Corinto a imoralidade sexual era comum. Isso acontecia porque a igreja era cúmplice, ou seja, tolerava o pecado. Havia um caso aviltante naquela igreja de relacionamento de um homem com a mulher do seu pai. Paulo deixa claro, em I Co. 5.1,2, que um caso como esse não teria apoio sequer no meio daqueles que não professam a fé cristã. Provavelmente, não se referia a própria mãe, pois se assim o fosse Paulo o teria dito. O ofensor, portanto, teria seduzido a mulher do seu pai, isto é, a madrasta, ainda que não fique explicitado se isso teria acontecido após o divórcio ou da morte do pai. Em todo caso, tratava-se de uma prática sexual ilícita, denunciada pelo Apóstolo e proibida tanto pelas leis romanas quanto judaicas (Lv. 18.8). A esse respeito, destacamos que:
2. O VALOR DA DISCIPLINA NA IGREJA: A fim de que não venhamos a entrar pelo caminho do mundo, defendendo que o errado é certo e que o certo é errado (Is. 5.20), a igreja precisa atuar amorosamente na disciplina dos pecados na igreja. Seguindo a admoestação de Paulo para aqueles dias, a igreja deve exercitar a disciplina do transgressor: o referido homem da I Epístola aos Coríntios deveria ser entregue a Satanás (v. 3-5). Essa expressão não é muito comum no Novo Testamento, podemos encontrar relação com I Tm. 1.20. O sentido subjacente em ambos os casos é que fora da igreja se encontra a esfera de Satanás (Ef. 2.12; Cl. 1.13; I Jo. 5.19), por isso, extrair alguém do escopo da igreja seria entregá-lo à região de Satanás. Outra expressão de difícil compreensão, ainda nessa passagem, é a respeito dessa entrega para a “destruição da carne”. Pelo contexto, é possível inferir que Paulo deseja que o ofensor, após a exclusão, tenha consciência das perdas e passe a se lembrar com nostalgia das coisas de Deus, nos tempos que estava na igreja, e, por fim, se arrependa dos seus pecados e se volte para Deus. Para Paulo, a disciplina é um ato de amor, pois, ainda que no momento seja duro tomar a decisão pela exclusão de alguém que tenha pecado, essa atitude pode muito bem redundar em graça e o ofensor poderá vir a ser salvo, e, para maior alegria, poderemos ver aquele que uma vez foi excluído, voltando-se para Deus e a ser encontrado no dia do Senhor, por ocasião do arrebatamento da igreja (v. 5).
3. A ATUAÇÃO DA DISCIPLINA BÍBLICA: Conforme vimos anteriormente, a disciplina tem um valor especial para a saúde da igreja local. Essa, porém, deva ser aplicada a partir de alguns princípios bíblicos:
CONCLUSÃO: A igreja de Corinto, como algumas igrejas da atualidade, toleram o pecado, e o pior, em determinados contextos esse é assumido com naturalidade. A fim de que essa não seja uma prática comum naquela e em nossas igrejas, Paulo instrui a respeito da necessidade da disciplina. Ainda que dolorosa, essa precisa continuar sendo atuante, não somente para a saúde da igreja, mas para a possível preservação da alma do ofensor. Para tanto, a disciplina cristã deva ser feita com lágrimas, sobretudo com amor, na esperança que o pecador se arrependa e se volte para o Senhor que é longânimo para perdoar.
Bíblia de Estudo em Cores e Pentecostal