terça-feira, 8 de dezembro de 2009

DAVI E A RESTAURAÇÃO DO CULTO A JEOVÁ


Textos: I Cr 16.7-14 - I Cr 16.29
irmaoteinho@hotmail.com


INTRODUÇÃO:
Durante o seu reinado Davi precisou restaurar o culto ao Senhor, através dos elementos de adoração diante do seu ministério. Davi era um verdadeiro adorador e durante o seu ministério o louvor era prestado a Deus. “Porque já nos dias de Davi e Asafe, desde a antiguidade, havia chefes dos cantores, e dos cânticos de louvores e de ação de graças a Deus.” (Ne 12:46) Cerca de 73 salmos foram escritos por Davi. Observaremos onde eles realizavam o culto e de que forma adoravam a Deus.

I – RESTAURAÇÃO DO CULTO A JEOVÁ:
Davi restaurou o culto a Deus por seu temor ao Senhor e pela sua liderança. Esse crescimento se deu pelo teocentrismo ao Deus de Israel e de uma independência tribal para um governo centralizado; da liderança dos juízes para uma monarquia; de uma adoração descentralizada a uma adoração centralizada em Jerusalém. Davi considerava os interesses de Deus como mais importantes que os seus próprios interesses. Embora Davi tenha sido o mais justo de todos os reis de Israel, ainda assim era imperfeito. Seu senso de justiça oferecia a esperança de um reino celestial, ideal. Ele manteve a unidade de Israel. ( II Sm 7:1 29).

CONCEITOS:
A adoração é a veneração elevada que se presta a Deus, reconhecendo-lhe a soberania sobre o universo, o governo moral, a força de seus decretos e o seu redentivo amor através de Jesus Cristo. Os Judeus do tempo de Isaías não sabiam fazer tal distinção. Por isso foram severamente repreendidos por Deus: “De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? Diz o Senhor. Estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados, e não me agrado de sangue de novilhos, nem de cordeiro, nem de bodes.” (Is 1:11) A verdadeira adoração acha-se intimamente ligada ao amor que devotamos ao Senhor. É um ato permanente na vida do filho de Deus; não pode ser sob hipótese alguma, uma atitude de adoração. Temos que mostrar ao mundo que somos uma comunidade de adoradores. A adoração não é apenas contemplação; é, acima de tudo, serviço que se presta ao Rei dos reis e Senhor dos senhores.

►ADORAR
– Significa “prostrar-se”, “curvar-se”, “se por de joelhos” deriva-se do grego “Phroskyneõ”. Esta palavra é encontrada no hebraico moderno “Sãhãh” no sentido de “curvar-se” ou “ inclinar-se” mas não no sentido geral de “adorar”. O fato de que ocorre mais de 170 vezes na Bíblia hebraica e mostra algo do seu significado cultural.

►ADORAÇÃO
– É um ato de rendição, reverência, dedicação ao Senhor. (Sl 95:6; II Cr 29:30; Hb 12:28-29).

II – QUAL É O PROPÓSITO DO CULTO? O propósito do culto ao Senhor é de que ele seja glorificado e reverenciado como um Deus de amor, caridade e respeito.
“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.” (Jo 4:23).
Os cultos são sistemas particulares de adoração religiosa com referências especiais a rituais e cerimônias. O culto é o ponto central de uma religião e eventualmente assume formas e símbolos que revelam mais claramente o caráter distintivo da religião. Davi teve o desejo de construir para o templo para que o Senhor fosse adorado e também foi responsável por grandes transformações sociais, políticas e religiosas. Dois fatores importantes do Culto a Deus:

2.1 - ADORAR A DEUS: É a forma de prestarmos culto ao nosso Deus, portanto existem alguns propósitos no culto prestados. No Antigo Testamento observa-se a maneira de adorar: (Ex 4:31; 34:8; Lv 10:3; I Cr 16:29; II Cr 7:3; Ne 8:6; Ec 5:1).

2.2 - TER COMUNHÃO: É o vinculo de unidade fraterna, mantido pelo Espírito Santo, que leva os cristãos a se sentirem um só corpo em Cristo Jesus (II Co 13:13; I Jo 1:3). Do grego “Koinonia”, lat. “Comunicare”, significa “comunicar.” Comunhão também significa cooperação.


EXEMPLO DE ADORAÇÃO:

=>Jacó - “Pela fé Jacó, próximo da morte, abençoou cada um dos filhos de José, e adorou encostado à ponta do seu bordão.” (Hb 11:21)

=>Josué - “E disse ele: Não, mas venho agora como príncipe do exército do SENHOR. Então Josué se prostrou com o seu rosto em terra e o adorou, e disse-lhe: Que diz meu senhor ao seu servo? (Js 5:14)

=>Elcana - “Subia, pois, este homem, da sua cidade, de ano em ano, a adorar e a sacrificar ao SENHOR dos Exércitos em Siló; e estavam ali os sacerdotes do Senhor, Hofni e Finéias, os dois filhos de Eli.” (I Sm 1:3)

=>O menino Samuel - “Por isso também ao Senhor eu o entreguei, por todos os dias que viver, pois ao Senhor foi pedido. E adorou ali ao Senhor. (I Sm 1:28)

=>Saul - “Então, voltando Samuel, seguiu a Saul; e Saul adorou ao Senhor.” (I Sm 15:31)

=>Davi - “Então Davi se levantou da terra, e se lavou, e se ungiu, e mudou de roupas, e entrou na casa do Senhor, e adorou. Então foi à sua casa, e pediu pão; e lhe puseram pão, e comeu.” (II Sm 12:20)

=>Jeosafá - “Então Jeosafá se prostrou com o rosto em terra, e todo o Judá e os moradores de Jerusalém se lançaram perante o Senhor, adorando-o.” (II Cr 20:18)

=>Jó - “Então Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou.” (Jó 1:20).

III – QUAIS OS ELEMENTOS DO CULTO E ONDE REALIZAVAM A ADORAÇÃO? Sabemos que os elementos para a adoração estavam centrados na oração, no louvor, confissão de pecados, confissão da fé, leitura bíblica, pregação, Ceia do Senhor e coletas. A adoração eram realizadas:

=>No tabernáculo – A adoração pública de Israel começou por ocasião da observância da páscoa, no Egito. Essa adoração girava em torno do tabernáculo ou da tenda da congregação. Durante as marchas pelo deserto, uma tenda era única estrutura que podia ser usada de maneira prática pelos israelitas, embora esteja envolvido também um importante principio, a saber, o fato de que Deus vivo por assim dizer não está limitado a alguma estrutura permanente. (Êx 3:4; Dt. 16:13; At. 7)

=>Nas festividades religiosas - A adoração a Deus, por parte de Israel, concentravam-se quase toda em torno das grandes festas religiosas da Páscoa, do Pentecostes e dos Tabernáculos. A Páscoa era a festa da libertação, representando simbolicamente a nossa salvação em Cristo; o Pentecoste era a festa da constante provisão de Deus, que se cumpre na experiência cristã com o Espírito de Deus; e a festa dos Tabernáculos era a festa da orientação divina ao povo que peregrinava pelo deserto. (Lv 3:1-44)

=>Nos sacrifícios – Desde o começo os holocaustos faziam parte da adoração bíblica. Quando da revelação dada no Sinai, eles receberam uma forma organizacional de âmbito nacional. As ofertas foram divididas em Levítico em várias categorias, a saber: os holocaustos ou ofertas queimadas; as ofertas de manjares; as ofertas pelo pecado; e as ofertas pela culpa. (Lv 16:15-34). Essa verdade é particularmente expressa no grande ritual anual do dia da expiação, quando o santuário, os sacerdotes e o povo eram todos purificados. (Lv. 16:1-32)

=>No templo - Quando os israelitas entraram na terra prometida, houve a localização da adoração, a princípio em Siló, e mais tarde em Jerusalém.(At. 2:43) A adoração no templo de Jerusalém seguia as diretrizes básicas da adoração na tenda, porém, melhor organizada, especialmente no tocante ao sacerdócio. A grande contribuição da adoração no templo foi o desenvolvimento do lado musical e poético. (II Sm 6:5 e I Cr 25)

=>Na Sinagoga – A destruição do templo de Jerusalém, por ocasião do exílio, criou uma nova situação; o aparecimento das sinagogas. As sinagogas tiveram prosseguimento em Israel e nas terras da dispersão. Visto que a adoração sob a forma de sacrifícios só podia ter lugar em Jerusalém, foi mister a criação de uma nova forma de adoração, nas sinagogas. Essa palavra, que vem do grego, significa “ajuntamento”, “congregação”. (Mt 4:33; Mc 3:1; Lc 4:38; Jo 18:20).

IV – A LITURGIA DO CULTO NO ANTIGO TESTAMENTO: No Antigo Testamento a liturgia do culto era complexa e inflexível. Porém há princípios básicos para a adoração no Antigo Testamento. (Jr 7:2; Ez 46:9; Dn 3:7) As raízes da adoração bíblica devem ser procuradas não nas emoções humanas, mas no relacionamento divinamente estabelecido entre Deus e o homem. A base da adoração é teológica e não antropológica. A comum indagação que pergunta se a origem da adoração deve-se encontrar em emoções como o temor, o respeito e a veneração aos antepassados, tornam-se indagação fora de lugar, do ponto de vista bíblico. A adoração é controlada pelo seu objeto, que também é o sujeito. (Is 6: 1-7)

V – A LITURGIA DO CULTO NO NOVO TESTAMENTO: Os Evangelhos pressupõem as formas de adoração nativas ao judaísmo da palestina, no começo do século I d. C. Isso significa que o templo continuava ocupando o lugar na adoração primitiva do Novo Testamento (Jo 4:21). Zacarias pai de João Batista era sacerdote, e a revelação divina lhe foi dada quando ele estava cumprindo o ritual do ministério no templo. (Lc 1:5) José e Maria tiveram cuidado de observar a lei da circuncisão e a lei da purificação (Lc 2:21). Quando Jesus criticava a adoração que se efetuava no templo, fazia-o contra os abusos daqueles que corrompiam e contaminavam essa adoração propriamente dita. Por isso que ele expulsou do templo os cambistas e negociantes (Jo 2:17). A Igreja primitiva também tinha uma liturgia de adoração a Deus (At. 2:38-47).

O CULTO A DEUS

ANTIGA ALIANÇA

=>Adoração com base na letra (Js 1:7-8)

=>Sacerdote local (tribo de Levi)-(Nm 18:2; Js 13:33)

=>Unção do Espírito Santo sobre os Reis, Profetas e Sacerdotes (Is. 6:1-9)

=>Reservado no Templo (Sl 11:4; Ed 5:15)

=>O Espírito Santo estava sobre os crentes (Êx 35:31; II Cr 15:1)

NOVA ALIANÇA

=>No Espírito (Jo 4:24)

=>Sacerdócio Universal (IIPe 2:9-10; Ap 1: 6)

=>É derramado sobre toda a Carne (At. 2:1-8)

=>Cada crente um santuário (I Cor 6:19; II Tm 1:14)

=>O Espírito Santo está no Crente (Lc 12:12; Jo 20:22; At. 8:17)

CONCLUSÃO: Davi restaurou o culto ao Senhor pela verdadeira adoração. No seu reinado houveram grandes transformações: políticas sociais e religiosa. Desde primórdios encontramos a forma de adorar a Deus. “E Esdras louvou ao Senhor, o grande Deus; e todo o povo respondeu: Amém, Amém! levantando as suas mãos; e inclinaram suas cabeças, e adoraram ao Senhor, com os rostos em terra.” (Ne 8:6). PENSE NISSO!

Deus é Fiel Justo!

domingo, 15 de novembro de 2009

Textos: II Sm. 11.1 - II Sm. 11.2,4,5,14-17

OBJETIVO: Mostrar que a resposta à tentação para pecar não é ignorá-la ou ser-lhe indiferente, mas invocar as promessas bíblicas pela fé em Cristo.

INTRODUÇÃO: Davi, o homem segundo o coração de Deus, se deixou levar por sua vaidade. E, como todos os homens, a exceção de Cristo, também pecou. No estudo desta semana, extrairemos algumas lições a respeito desse triste episódio na vida de Davi. Inicialmente contextualizaremos o seu pecado, mostraremos as condições existenciais para que esse ocorresse. Em seguida trataremos especificamente a respeito do seu pecado e ao final, mostraremos as conseqüências do pecado de Davi a fim de extrairmos lições para a vida cristã.

1. O DESEJO DESENFREADO DE DAVI: O narrador bíblico diz, em II Sm. 11, que Davi estava em Jerusalém. Enquanto isso, seus subordinados se arriscavam na guerra contra os amonitas. Após a refeição, o rei fez sua sesta, e em seguida, caminhou pelo terraço do palácio, perambulando de um lado para outro, em inquietação extrema. Em sua posição estratégica, acima dos demais moradores da cidade, a tudo observava do alto até que seus olhos pairam na direção de uma mulher mui formosa que se banhava. Davi não levava em conta os sentimentos pessoais dela, por isso, numa atitude de abuso sexual, envia seus mensageiros a fim de se relacionar sexualmente com ela. É digno de destaque que o nome de Bate-Seba somente é citado depois dos primeiros versículos desse capítulo, isso porque, para Davi, ela, a princípio, não passava de uma mulher. Mas Bate-Seba, a mulher com a qual Davi se envolveu impulsivamente, engravidou, consequentemente, o rei ficou preocupado. A fim de encontrar uma saída, Davi chamou Urias, o heteu, para coabitar com Bate-Sete, sua esposa, a fim de que a gravidez fosse encoberta. Em respeito ao rei e aos demais guerreiros, Urias se deitou à porta da casa real, decidindo a permanecer com todos os servos de Davi. Diferentemente de Davi, Urias demonstrou fidelidade e não quis usufruir do seu direito para cumprir a satisfação própria. Sua atitude também demonstra solidariedade em relação aos seus colegas soldados. Por fim Davi toma uma decisão extrema, e, para desposar Bate-Seba, planeja a morte de Urias. Muitas vidas são postas em risco para que a vontade egoísta do rei seja levada adiante.

2. O PROFETA REPREENDE O REI DAVI:O rei de Israel deveria submeter-se à palavra profética, por esse motivo, o Senhor enviou Nata, o profeta, para repreender o rei pelo seu pecado. Nata conta-lhe uma história a respeito de dois homens – um rico e um pobre – o primeiro tinha ovelhas e gado em grande número, mas o segundo apenas uma cordeirinha. Para recepcionar um hospede, ao invés de sacrificar uma das suas muitas ovelhas, o homem rico toma a ovelha de estimação do pobre e a prepara para o banquete. A reação de Davi, revoltado pela atitude descabida do homem rico, é imediata e contundente: o homem que cometeu tamanha atrocidade deva ser morto. Interessante que Davi não conseguiu identificar-se naquela história. Uma demonstração da evasão humana diante do pecado. O ser humano prefere apontar seu dedo na direção do outro ao invés de reconhecer seus erros. Uma pesquisa comprovou que uma das frases menos ditas é: “eu errei”. A repreensão profética se fez necessária a fim de que, como diante do espelho, Davi tomasse consciência do seu pecado: Tu és o homem. Esse trecho da Escritura nos revela o poder de desvelamento da Palavra de Deus, sendo essa, conforme está escrito em Hb. 4.12,13: “é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar”. O pecado de Davi não ficaria impune, por isso, uma série de conseqüência adviria das atitudes do rei de Israel. Ninguém pense que o pecado não trará suas mazelas, pois o que homem plantar isso também ceifará (Gl. 6.7).

3. AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO: Não há como conviver amistosamente com o pecado, pois o que o homem plantar isso também ceifará (Gl. 6.7). Essa é uma verdade que pode ser constatada na realidade do pecado de Adão e Eva (Gn. 3.1-6). Algumas vezes, como no caso de Davi, o pecado não apenas atinge o indivíduo pessoalmente, também aqueles que lhe cercam. Uma das conseqüências primárias do pecado, depois de reconhecido, é a tristeza, atingindo o ser humano emocionalmente (Sl. 6.6), ainda que essa tristeza possa conduzir ao arrependimento (II Co. 7.10). Essa porém não é a conseqüência imediata do pecado, antes o distanciamento do Seu Criador (Rm. 3.23). O pecado é uma transgressão dos mandamentos do Senhor que é Santo (I Jo. 3.4; Rm. 4.15). Por esse motivo, quando o pecado ocorre não apenas o pecador se entristece, também entristece o Espírito Santo, que o selou para o dia da redenção (Ef. 4.30). Uma outra conseqüência do pecado não arrependido é o efeito cascata, isto é, um erro pode conduzir a outros sucessivos. O envolvimento sexual de Davi com Bate-Seba o levou a um outro pecado, o assassinato de Urias. O pecado de um determinado indivíduo também pode levar outras pessoas – algumas vezes que nada têm a ver com o caso – ao sofrimento. Urias padeceu por causa do pecado de Davi, demonstrando, assim, a implicação social do pecado humano. Por fim, mas não por último, o pecado tem implicações psicossomáticas, ou seja, a menos que haja arrependimento e confissão, males sobrevirão ao corpo, por isso Paulo advertiu os crentes de Corinto que entre eles havia “muitos fracos e doentes e muitos que dormem” (I Co. 11.30).

CONCLUSÃO: O pecado do cristão precisa ser confessado e abandonado (Tg. 5.16). Como Davi, é preciso reconhecer os pecados pessoais perante Deus (Sl. 41.1). A Palavra de Deus diz que os que confessam seus pecados e os deixam alcançarão misericórdia (Pv. 28.13). Aqueles que assim o fazem desfrutarão da bem-aventurança do Sl. 32.1-2, pois o Senhor não atribui iniqüidade. Caso contrário, os ossos envelhecerão, a alma passará por gemidos, e a mão do Senhor pesará (Sl. 32.3,4). PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!

domingo, 8 de novembro de 2009

A EXPANSÃO DO REINO DAVÍDICO


Textos: II Sm. 3.9,10 - II Sm. 5.6-10
irmaoteinho@hotmail.com
www.teinho.com

OBJETIVO: Destacar a potencialidade e a expansão do reinado de Davi, bem como os perigos decorrentes da prosperidade material.

INTRODUÇÃO: Após ser entronizado como rei de Israel, Davi estende as fronteiras do território, resultando numa expansão expressiva. No estudo desta semana estudaremos a respeito desse crescimento, com destaque para a conquista de Jerusalém, a sede do reino. Em seguida, refletiremos a respeito do alcance desse reino bem como os perigos dele decorrente para Davi e o povo de Deus.

1. A CONQUISTA DE JERUSALÉM: A conquista de Jerusalém aconteceu provavelmente após a vitória sobre os filisteus. O domínio de Jerusalém constituiu-se num marco histórico para todo o povo hebreu. A providência divina nessa vitória é evidenciada no fato de Davi disponibilizar um exército pequeno para a batalha. Já que os jebuseus – habitantes daquela região – eram considerados imbatíveis. A descrição da cidade mostra a dificuldade para sua conquista: o norte – com uma encosta a oeste – na direção do vale do Tiropeom e o Cedorom, um muro de pedras rústicas e pesadas isolava a cidade, e de cima, os jebuseus podiam atirar pedras sobre os inimigos, o que tornava qualquer vitória sobre ela improvável. Mesmo assim Davi se apossou da fortaleza de Sião, sob as condições mais adversas. Após a conquista, os guerreiros de Davi entraram na cidade paulatinamente e subjugaram os jebuseus. Aquela cidade, situada em ponto estratégico, tornou-se a cidade de Davi. Ao decidir por aquela cidade, Davi tomou a sábia decisão de se colocar numa região neutra em relação às tribos de Israel. Esse feito possibilitou a unidade nacional representada simbolicamente pela capital, centro das atenções do povo. Logo depois da ocupação da cidade, Davi tratou se investir em sua infra-estrutura a fim de torná-la favorável à habitação do rei.

2. A EXPANSÃO DO REINO DAVÍDICO: A conquista de Jerusalém resultou na ampla expansão do reino de Israel. Ainda que, logo a principio, os filisteus investiram contra Davi, a fim de matá-lo, mas não obtiveram êxito, pois o Senhor era com ele (II Sm. 5.10,25). Os povos vizinhos de Israel reconheciam a atuação de Deus no reinado de Davi, os mensageiros do rei de Tiro, Hirão, é um exemplo (II Sm. 5.11). Por essa época a Arca da Aliança fora trazida para Jerusalém e ali permaneceu em uma tenda provisória até a construção do Templo no reinado de Salomão, o filho de Davi (I Rs. 8.1-9). A presença da Arca em Jerusalém, na sede do reinado, demarcava a importância do culto a Deus. Por essa razão, Davi e os filhos de Israel celebraram ao Senhor por ocasião da chegada da Arca (II Sm. 6.5). Essa atitude de Davi revela a importância que o rei atribuía a Deus. Nos dias atuais, no contexto materialista no qual estamos inseridos, predomina a ganância. São poucos os que ainda têm algum temor a Deus. Ao invés de tributarem em agradecimento a Deus pela expansão, os governantes ostentam a glória própria, pois como Herodes, não dão a devida glória a Deus (At. 12.23). Alguns outros, até dizem acreditar que Deus existe, mas vivem como se Ele não existisse, trata-se de uma crença meramente intelectual, destituída de obediência (Rm. 2.1-7). A expansão, seja ela coletiva ou individual, implica em grande responsabilidade. Aqueles que têm em abundância não devem olhar apenas para si mesmos, antes precisam se voltar para os outros, principalmente para os mais necessitados (I Jo. 3.17). Principalmente na cultura brasileira, já que as pesquisas comprovam que a prosperidade material, neste país, não redunda em dividendos sociais, diferentemente de alguns outros paises em que os ricos têm vergonha do acumulo exagerado de bens, por esse motivo, tratam de investir no reino de Deus e nas obras sociais.

3. OS PERIGOS DA EXPANSÃO: Fala-se muito em prosperidade nos dias atuais. Muitas igrejas fizeram da expansão e da riqueza o moto de suas mensagens. Mas a busca desenfreada pelo sucesso, fama e riqueza não garantem genuína espiritualidade. Uma igreja – ou pessoa – financeiramente próspera não necessariamente é espiritual. O Senhor Jesus repreendeu a igreja de Laodicéia pela prosperidade destituída de espiritualidade (Ap. 3.14-22). Os momentos de expansão foram sempre os mais perigosos na história de Israel e da Igreja. A romanização da igreja é um exemplo que não deve ser seguido. A fim de ganhar território e expandir suas fronteiras a igreja fez concessões que puseram em risco sua integridade. A biografia de Davi revela essa verdade, pois mesmo sendo um grande rei, juiz e general, não esteve imune às tentações que envolvem o sucesso. Há um sábio provérbio que diz: “o poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente”. Na mesma medida em que Davi expandia as fronteiras de Israel - também cometia os maiores deslizes espirituais. Acumulou várias esposas e com cada uma delas teve filhos que se digladiavam na ânsia pelo poder e luxúria (II Sm. 3.2; 13.1-4). Dentro de casa Davi não conseguia ser um bom pai, pois não contrariava os filhos, de modo que esses se voltaram contra ele (II Sm. 15.13,14; I Rs. 1.5-6). A expansão levou Davi à monotonia e às práticas de lazer que o conduziram aos desejos descontrolados (II Sm. 11.2-17).

CONCLUSÃO: A coroação de Davi possibilitou uma expansão sem precedentes na história do povo de Israel: de 24.000 para 240.000 Km². A conquista de Jerusalém foi o marco inicial do período áureo do reino davídico. Os cristãos esperam pela manifestação da Jerusalém espiritual, que virá de cima, em estado eterno (Gl. 4.25,26; Ap. 21.1,2). A expansão, o crescimento e a prosperidade no tempo presente não devem anular a esperança do que está por vir, pois “como está escrito: as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam” (I Co. 2.9). PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

DAVI UNIFICA O REINO DE ISRAEL


Textos: II Sm. 3.9,10 - I Sm. 16.1,12,13; II Sm. 5.2
irmaoteinho@hotmail.com


OBJETIVO: Destacar que a coração de Davi sobre Israel, além de cumprir as profecias que vaticinam esse episódio, revelam o propósito de Deus em estruturar e organizar a nação.

INTRODUÇÃO: No estudo desta semana atentaremos para a atuação divina na unificação do reino de Israel. Inicialmente, refletiremos a respeito da trágica morte de Saul e suas conseqüência para o reino. Em seguida, destacaremos o papel de Davi na concretização dos planos de Deus. Ao final, veremos que os planos de Deus se cumprem de acordo com os propósitos que Ele mesmo estabeleceu, apesar das falhas e limitações humanas.

1. A TRÁGICA MORTE DE SAUL: O capítulo 31 do I livro de Samuel registra a trágica morte de Saul. Os filhos do rei são os primeiros a morrerem na batalha. Ao perceber a morte iminente, Saul deseja que seu escudeiro ponha fim à sua vida. Como esse se nega a fazê-lo, Saul, num ato de total desespero e para não ser humilhado pelos filisteus, lança-se sobre sua espada. Para o rei, seria preferível morrer a ser capturado pelos inimigos. Em decorrência da morte de Saul, houve uma dispersão do povo israelita, tornado mais fácil a ocupação das terras pelo exército filisteu. Esses festejaram a vitória sobre o rei de Israel adorando seus deuses e dedicando as armas de Saul no templo de Astarote. Esse deus, na concepção daquele povo, havia triunfado sobre o Deus de Israel. Na celebração, o corpo decapitado de Saul fora dependurado e exposto no muro da cidade de Bete-Seã. Em lealdade a Saul, e mesmo correndo riscos, os habitantes de Jabes-Gileade retiraram o corpo de Saul e de seus filhos da condição na qual se encontravam e levaram para Jabes-Gileade e os queimaram naquele local. Posteriormente os restos mortais de Saul e seus filhos foram levados para o túmulo da família (II Sm. 21.12-14). A vida de Saul, conforme lemos nessa passagem da Bíblia, tem um final trágico. Na verdade, esse rei tornou-se um exemplo de fracasso, um modelo a ser evitado. Saul contribuiu muito para sua ruína, pois se negou peremptoriamente a reconhecer que não mais era o escolhido de Deus. A obstinação o conduziu a todas as manobras possíveis a fim de permanecer no comando, ainda que essa não fosse à vontade do Senhor.

2. DAVI ASSUME O TRONO DE ISRAEL:
Em II Samuel 2, lemos a respeito da ascensão de Davi ao trono. A situação geral de Israel era de fragmentação, pois faltava ao povo uma liderança que fosse capaz de unir o país. Então Davi consultou ao Senhor, demonstrando, assim, que, diferentemente de Saul, não confiava em seus próprios pensamentos. O Senhor orientou Davi para que seguisse rumo a Judá. No capítulo 5, Davi faz uma aliança com Israel e unifica o reino. Esse acordo fora feito no modelo de pastorado, considerando que a função primordial do rei deveria ser apascentar o povo de Deus. Tal atitude evitaria que o reinado fosse conduzido por meio da opressão, comum na monarquia (I Sm. 8.10-18). Por essa época Davi tinha 30 anos de idade, momento ideal para assumir essa responsabilidade (Nm. 4.3; Lc. 3.23). Antes disso, Davi precisou passar por algumas situações sombrias, dentre elas destacamos:

1) Desenvolveu uma falsa segurança, já que Saul havia desistido de persegui-lo (I Sm. 27.4), e, justamente em conseqüência disso;
2) Passou a viver entre os adversários de Israel, justamente em Gate, terra de Golias, submetendo-se a Aquis, sendo chamado de seu servo (I Sm. 27.6-7); e para conviver bem entre eles;
3) Adotou uma atitude de tolerância, assumindo todas as práticas com naturalidade (I Sm. 29.1).

Para tanto, vivia em duplicidade, isto é, de forma ambígua, e, se fosse o caso, mentia a fim de proteger preservar sua vida (I Sm. 27.11,12), perdeu sua identidade, não mais tinha relação com seu povo e sua pátria, não mais sabia a quem deveria satisfazer (I Sm. 29.8), por esse motivo, perdeu também a satisfação própria e caiu em angústia e depressão (I Sm. 30.1-4).

3. OS PLANOS DE DEUS SE CUMPREM: Apesar de suas falhas, os planos de Deus se cumpriram na vida de Davi. Após os anos difíceis no exílio, resultante também da morte de Saul, Davi se instalou em Hebrom (I Cr. 11.1-4). Naquele local ele consultou ao Senhor (II Sm. 2.1) ainda que antes disso, ainda no exílio, Davi, depois de ter passado por momentos de fraquezas, voltou-se para Deus, abrindo mão da segurança e satisfação própria (I Sm. 30.6). Em Hebrom Davi fora aclamado rei de Judá (II Sm. 2.4). Mas não sem oposição, pois Abner havia posto Isbolsete como rei sobre boa parte do território israelita. Mas o Senhor já havia planejado que Davi seria o rei de Israel (I Sm. 16.1). Nesse momento, testemunhamos o confronto entre a autoridade humana e a divina, pois o povo desejava que Isbosete e não Davi fosse o rei de Judá. Somente depois de sete anos Davi conseguiu unificar o reino de Israel, sendo, então, aclamado rei a fim de apascentar as ovelhas da casa de Israel (II Sm. 5.1,2). O rei Davi, em conformidade com o designo divino, deveria cuidar do povo, não explorá-lo. Essa é uma lição apropriada para alguns governantes que adentram à vida pública não com ideais de servir a Deus e ao povo, antes buscam enriquecimento ilícito e barganham com vistas aos interesses próprios. Alguns deles, infelizmente, ainda se dizem crentes e dão graças a Deus pelas “bênçãos materiais” que o Senhor os “concedeu”. Seguindo o modelo de Davi, aqueles que são chamados para as funções públicas, precisam primar pela obediência, pois essa é a vontade do Senhor (I Sm. 15.22).

CONCLUSÃO: A unificação do reino de Israel, realizada por Deus, através de Davi, possibilitou o desenvolvimento da nação. Isso se tornou possível porque Davi, apesar de suas falhas e limitações, confiou no Senhor e assumiu a posição para a qual fora chamado em obediência. O Salmo 78, nos versículos 70 a 72, resume a postura desse homem diante dessa responsabilidade: “Também elegeu a Davi seu servo, e o tirou dos apriscos das ovelhas; E o tirou do cuidado das que se acharam prenhes; para apascentar a Jacó, seu povo, e a Israel, sua herança. Assim os apascentou, segundo a integridade do seu coração, e os guiou pela perícia de suas mãos”. PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!

domingo, 25 de outubro de 2009

DAVI E SUA EQUIPE DE LIDERADOS

Textos: I Sm. 22.2 - I Cr. 1.10-12,20,22,24,25.

OBJETIVO: Mostrar que o trabalho em equipe é um princípio básico da liderança eficaz, inclusive na causa do Senhor.

INTRODUÇÃO: Em alguns contextos a liderança tem sido amplamente questionada. No estudo desta semana veremos que esse é um princípio bíblico. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento Deus levantou homens e mulheres para liderar e guiar Seu povo. Davi é um dos mais contundentes exemplos de liderança. Por esse motivo, analisaremos, o estudo, aspectos da sua atuação perante a equipe de liderados. Ao final, atentaremos para alguns princípios gerais da liderança cristã.

1. O PRINCÍPIO BÍBLICO DA LIDERANÇA: A fim de cumprir seus propósitos Deus estabeleceu o princípio da liderança. Quando passeamos pelas páginas da Bíblia, constatamos essa veracidade. Em Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, lemos a respeito de José, o homem que Deus escolheu como líder no Egito (Gn. 37-45). Durante o cativeiro egípcio, Deus separou Moisés para retirar o povo daquela condição e guia-los pelo deserto (Ex. 2-17). Para a consolidação da conquista da Terra Prometida, Josué desempenhou um papel fundamental (Js. 2-8). Durante o cativeiro babilônico, Ester, uma mulher de coragem, cumpriu os desígnios de Deus para a preservação do povo israelita (Et. 4). Após o cativeiro de Judá, Neemias, mais um líder guiado por Deus, cumpriu a missão de restaurar a cidade destruída (Nm. 1-6). No Novo Testamento, Paulo e Pedro foram colunas fundamentais na liderança da igreja primitiva, tanto na plantação quanto na consolidação de igrejas (At. 14-21; J. 21).

2. O ESTILO DE LIDERANÇA DE DAVI: Davi é um exemplo bíblico de liderança competente. A competência de Davi estava respaldada na diligência de buscar fazer sempre a vontade de Deus, na sua lealdade tanto aos seus líderes quanto aos liderados e na disposição de atribuir toda glória a Deus. Quando decidiu construir um templo para o Senhor, Davi preparou o material que seria necessário (I Cr. 22.14). Mas como não coube a ele essa construção, e sim ao seu filho Salomão, tratou de lhe dar as devidas instruções para que tudo fosse feito com prudência e entendimento e de forma organizada (I Cr. 22.12-15). O estilo de liderança de Davi pautava-se no planejamento, no prognóstico do que deveria ser feito. Com Davi aprendemos a evitar as improvisações desnecessárias que possam comprometer o andamento do trabalho. O planejamento é um dos princípios basilares da condução das atividades, para tanto, faz-se necessário planejar a curto e longo prazo, sem deixar de confiar, primeiramente, no Senhor. Planejar somente não é suficiente, é preciso também coordenar a execução do projeto, identificar os objetivos, o tempo, o lugar, as pessoas envolvidas, os métodos a serem utilizados e o material disponível. Mesmo assim, é provável que existam obstáculos, e, quando eles vierem, como Davi, é recomendável que se confie na direção do Espírito Santo. Manter uma atitude de flexibilidade em relação ao planejado também evita os “engessamentos” que desgastam a liderança do projeto. Em linhas gerais, o estilo de liderança de Davi, bastante aplicável nos dias atuais, preza pela dependência em Deus, e principalmente, por atitudes de humildade, que não busca a glória própria, antes tributa todo louvor a Deus.

3. PRINCÍPIOS PARA A LIDERANÇA CRISTÃ: A liderança, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, é exercitada a partir dos planos que Deus definiu. Por isso, para ser líder, é preciso confiar e depender de Deus e não nos méritos pessoais, ainda que esses não sejam descartados. Todos os líderes escolhidos por Deus estiverem no centro dos seus planos e apresentaram as seguintes características: 1) empatia – capacidade de ver as coisas do ponto de vista dos outros (Lc. 6.31; I Pe. 3.8; Gl. 6.2); 2) alvos – estabelece metas e se esforça para alcançá-los (Fp. 3.14; Ef. 3.1) 3) competência – faz bem o seu trabalho (Pv. 12.27; 22.29); 4) atuação em equipe – senso de grupo, capacidade de trabalhar com as pessoas (I Co. 12; Ef. 4); 5) estabilidade emocional – confia em Deus em todas as circunstâncias e não se deixa abalar pelas adversidades (Ef. 4.31; II Tm. 4.5); 6) partilha a liderança – não é centralizador, divide as atribuições com outros (Ef. 5.21; Fp. 4.1-3); e 7) confiável – as pessoas podem depender dele (Lc. 9.62; I co. 15.58).

CONCLUSÃO: O exercício da liderança bíblica não é centralizado no homem, mas em Deus. Os que quiserem ser líderes segundo o coração de Deus precisam atentar para a Sua palavra. Para tanto, enquanto líderes, é preciso ter cuidado para não seguir o caminho de Saul: vaidade, inveja, perseguição, auto-glorificação, populismo, desobediência, espiritualidade aparente e ganância pelo poder. O estilo de liderança de Davi, deferentemente daquele, glorifica a Deus: obediência, temor a Deus, respeito, temor, fidelidade, espiritualidade, sinceridade e misericórdia. Davi é um bom exemplo de liderança, mas se quisermos um modelo perfeito, é só atentar para Jesus, pois nEle encontramos o fundamento maior da liderança cristã: O AMOR. PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

DAVI E O TEMPO DE DEUS EM SUA VIDA

Textos : I Sm. 24.6 - I Sm. 24.4-8
irmaoteinho@irmaoteinho.com


OBJETIVO: Mostrar que mesmo estando ungido a mando do Senhor para ser o rei, Davi soube esperar o tempo de Deus para ocupar o trono de Israel.

INTRODUÇÃO: No estudo desta semana veremos que Davi, mesmo tendo sido ungido rei e sob as ameaças de Saul, não perdeu a esperança no Senhor. Antes esperou, com paciência, a concretização do tempo de Deus em sua vida. Destacaremos, ainda neste estudo, a importância do cristão não se deixar levar pelas circunstâncias e a aprender a confiar no Senhor. Mesmo nas situações adversas, aprenderemos que Deus está no controle de tudo, portanto, temos motivos para esperar pelo tempo de Deus.

1. AS AMEAÇAS DE SAUL: O capítulo 24 de I Samuel nos apresenta um vislumbre do relacionamento crítico entre Davi e Saul. Lemos, inicialmente, que Saul perseguia e ameaçava Davi de morte a todo instante. Davi, por outro lado, mesmo tendo oportunidade, não intenta contra a vida do rei, considerando ser esse um “ungido do Senhor”. O autor do texto diz que, em certa ocasião, Davi se dirigiu a Saul, enquanto esse repousava, como se fosse matá-lo, mas em obediência ao Senhor e respeito ao rei, cortou apenas a orla do manto de Saul. Esse pedaço de tecido serviria de demonstração da vantagem que Davi teve para pôr fim à vida do rei. Mas ao invés disso, preferiu poupar-lhe, chamando-o mesmo de pai (I Sm. 24.11). Com essa atitude Davi quis mostrar a Saul que esse estava errado ao tentar matá-lo. Ao invés de agir pelo ódio, com espírito de vingança, Davi opta pela graça e a misericórdia. Ele se nega a agir a partir dos mesmos princípios que o rei. Depois desse episódio, Saul, por algum momento, ainda que tomado pela emoção, demonstra remorso das suas ameaças e tentativas de morte dirigidas a Davi (I Sm. 24.11). Saul é um modelo de alguém que não se deixa levar facilmente pelas emoções, que demonstra equilíbrio diante das situações adversas. Quando as pessoas agem desse modo, predomina sobre elas o espírito de retaliação, por conseguinte, têm dificuldade para liberar graça e perdão. Os cristãos são chamados a agir como Davi, exercitando o perdão, e, mesmo diante dos inimigos, responderem ao mal com o bem (I Sm. 24.7; Mt. 5.44; Rm. 12.14,19).

2. DAVI ESPERA O TEMPO DE DEUS: Mesmo ungido rei, demorou muito tempo até que Davi assumisse o trono de Israel. O tempo de espera, no entanto, não foi de tranqüilidade. Devido as perseguições de Saul (I Sm. 18.6-9), Davi precisou se refugiar várias vezes. Para não ser morto por Saul, esteve na escola profética de Samuel em Rama e residiu na casa dos profetas (I Sm. 19.18-20). Nessa ocasião, Davi abriu seu coração para o velho Samuel e declarou tudo quanto Saul estava lhe fazendo (I Sm. 19.18). Esse período na escola profética trouxe refrigério espiritual para Davi durante aqueles tempos de angústia. Davi também encontrou refúgio na casa do sacerdote Aimeleque, ainda que a família desse sacerdote tenha sido praticamente eliminada por causa dessa ajuda (I Sm. 21.1-9; 22.6-22). Em um dos momentos mais difíceis, Davi foi obrigado a procurar abrigo no território do inimigo (I Sm. 21.10-15; 27.1-7). Após ser descoberto pelos filisteus, que eram incitados por Saul para destruí-lo, fugiu para e escondeu-se na caverna de Adulão. Naquele local ele recebeu o conforto de sua familiar e pode revigorar-se para seguir adiante (I Sm. 22.1). Mesmo assim, a situação de Davi, diante de todas as perseguições e dificuldades, poderia levá-lo a desacreditar nas promessas de Deus. Ao invés do trono prometido, Davi somente via lutas, perseguições e dificuldades. Como José na prisão egípcia, Davi não se deixou controlar pelas circunstâncias, preferiu confiar na Palavra de Deus, e esperar com paciência pelo Senhor (Sl. 40). Isso porque tinha consciência de que Deus tinha um plano em sua vida e que Ele – ao Seu tempo - haveria de executá-lo (I Sm. 22.3).

3. ESPERE O TEMPO DO SENHOR: Os crentes em Jesus devem aprender com Davi, e tantos outros heróis da fé, a esperar com paciência o tempo de Deus para a execução de Seus desígnios. Ao invés de tomar decisões precipitadas, Davi permaneceu na presença de Deus (II Sm. 7.18). No Senhor estava a sua confiança, por isso, depositava sobre Ele os ditames das sua vida (Sl. 25.5), para obter auxílio ou proteção (Sl. 33.20), para ter vitórias sobre seus inimigos (Sl. 37.7,9,34; 52.9), para alcançar segurança em perigos iminentes (Sl. 40.1; 59.9), para encontrar refúgio quando traído ou oprimido (Sl. 62.1,5) e o perdão amoroso de Deus quando pecava (Sl. 130.5,6). Esperar é um teste de submissão para qualquer cristão, é uma demonstração de confiança em Deus. Mas é antes de tudo uma escola de aprendizado, pois na medida em que esperamos no Senhor, temos tempo para reconhecer Sua grandeza, a amadurecer na fé, a ter convicção nas coisas invisíveis (Hb. 11.1), haja vista que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb. 11.6). Sábias as palavras do salmista quando diz: “Espera no Senhor, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no Senhor” (Sl. 27.14). Mesmo que a realidade tangível pareça ir de encontro às promessas de Deus, devemos continuar ouvindo a Palavra, pois a fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Deus (Rm. 10.17). Ainda que perseguições, dificuldades e provações tentem nos assolar e o desespero queira sobrepujar a esperança, somos desafiados a direcionar palavras de encorajamento à própria alma, dizendo: “Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação da sua face” (Sl. 42.5,11).

CONCLUSÃO: Deus está no controle de todas as situações, Ele não nos abandonou ao acaso. Essa percepção tem sido ofuscada pelo pensamento moderno acostumado a viver no tempo- kronos, isto é, pela compulsão frenética da vida que nos impulsiona a agir, de preferência o mais rápido possível, afinal, para muito "tempo é dinheiro". Há aqueles que, como Saul, têm medo de ficar para trás, por isso, querem tirar todo proveito do tempo-kronos. O cristão, como Davi, sabe que Deus está para além do tempo-kronos (Sl. 90.4). E guiado por essa verdade, pode descansar, confiar no cumprimento exato das promessas divinas, a depender da execução da Sua vontade no tempo-kairós que Ele mesmo estabeleceu. Vivendo nessa dimensão é possível esperar com paciência no Senhor, e a permitir que Ele dirija, pelo Seu Espírito, todos os passos da existência. PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

DAVI NA CORTE REAL – VIVENDO COM SABEDORIA


Textos : I Sm. 18.5 - I Sm. 16.18; 18.2-5, 13, 14
irmaoteinho@hotmail.com

OBJETIVO: Mostrar que Deus deu a Davi unção bem como prestígio diante de Israel, e ele se conduziu com prudência na presença de seus líderes, amigos e auxiliares.

INTRODUÇÃO: Na lição desta semana, estudaremos a respeito das qualidades de Davi, dentre elas, destacaremos a sabedoria. Na verdade, de nada adianta ter muitos atributos pessoais e não saber utilizá-los adequadamente. Meditaremos, inicialmente, a respeito de como Davi fez uso de suas qualidades no palácio, principalmente da prudência, sinônimo, na lição, de sabedoria. Ao final, refletiremos a respeito da importância da sabedoria e do controle da língua nos relacionamentos pessoais.

1. AS QUALIDADES DE DAVI: Depois de ter sido rejeitado por Deus, e a conseqüente perda de apoio de Samuel, Saul ficou atordoado, e passou a precisar de ajuda, inclusive psicológica. De vez quando, conforme lemos em I Sm. 16.15-18, o rei de Israel entrava em crise e tinha perturbações mentais, o narrador bíblico declara que a causa dessas crises era um “espírito maligno, enviado por Deus” (v.15). Essa declaração, na verdade, trata-se de um hebraísmo, em outras palavras, o texto diz que Saul sofria de uma insanidade mental, proveniente da atuação diabólica, permitida por Deus. Na época, como ainda é sugerido atualmente, em alguns casos, o tratamento recomendava o uso da música. Os súditos de Saul recomendaram um músico hábil, filho de Jessé de Belém, denominado Davi (v. 16). O instrumento tocado por Davi era a lira (kinnor em hebraico), de menor porte que uma harpa comum, de modo que pudesse ser transportada com facilidade. Mas saber tocar a lira não era a única qualidade de Davi, pois de acordo com o servo que o recomendou ele era “valente, e animoso, e homem de guerra, e sisudo em palavras, e de gentil presença”, e principalmente, que “o Senhor era com ele” (v. 18). É possível que nem todos na igreja tenham essas mesmas qualidades, principalmente a de tocar um instrumento ou se enquadram em determinados padrões de beleza, mas é indispensável que mantenha o controle da língua, que sejam fortes e valentes na luta contra o mal, e principalmente que o Senhor seja com eles.

2. A SABEDORIA DE DAVI NO PALÁCIO: O Senhor era com Davi, por isso, ele ascende do trabalho pastoril para o serviço no palácio real. Isso aconteceu porque Saul não permitiu mais que Davi voltasse para sua terra, retendo-o no palácio real (I Sm. 18.2,5). Durante tal período Davi se portava com lealdade ao rei, ainda que esse o perseguisse. Para aliviar as adversidades em sua vida, decorrentes da inveja de Saul, Deus proveu um amigo para o jovem. Jônatas, o filho e provável herdeiro do trono, percebendo a loucura do pai, fez uma aliança de amizade com Davi. O pacto de amizade entre Davi e Jônatas serve de lição para a construção de laços duradouros ao longo da vida. Amizade sincera é cada vez mais rara, haja vista a cultura da individualidade e a busca desenfreada pela satisfação própria que leva à barganha. Jônatas esteve disposto a sacrificar-se por Davi várias vezes (I Sm. 18.4; 20.4). Diante das atitudes insanas de seu pai Saul, Jônatas defendeu seu amigo (I Sm. 19.4). Não havia sentimentos de ciúme, inveja ou mesquinhez em Jônatas. Ele era amigo de Davi, e o defendeu porque discernia as reais intenções do coração do seu amigo. Nos momentos mais difíceis Davi contou com as palavras de encorajamento de Jônatas (I Sm. 23.15,16). Por causa de sua sabedoria (prudência), Davi era amado não apenas por Jônatas, mas também por todos os servos do rei (I Sm. 18.6-7) e isso, certamente, incitava mais ainda o ciúme de Saul.

3. SABEDORIA NOS RELACIONAMENTOS: Em I Sm. 18, está escrito quatro vezes que Davi prosperou, ainda que o rei estivesse contra ele. Mas isso não importava, pois mesmo o rei estando contra Davi, o Senhor era com ele (I Sm. 18.14). Além disso, o Senhor favoreceu Davi com uma outra qualidade, fundamental diante das ameaças desequilibradas de Saul: a sabedoria (prudência). O termo hebraico para prudência (sabedoria) é sakal, que também pode ser encontrado em Pv. 10.19. Nesse versículo essa palavra está associada à pessoa que consegue manter sua boca fechada. Ao invés de se adiantar e dizer palavras fora de propósitos, Davi acatava as circunstâncias com sabedoria. Não foram fáceis as situações pelas quais aquele jovem teve de passar. Em I Sm. 18.8,9 é dito que Saul se indignava contra Davi e não o via com bons olhos. Isso quer dizer que Saul estava tomado pela inveja. Os livros sapienciais nos deixam instruções claras a respeito dos males que a inveja pode causar (Sl. 37.1; 73.3; Pv. 14.30; 27.4; Ec. 4.4; 9.6). Os religiosos entregaram Jesus conduzidos por esse sentimento (Mt. 27.18; Mc. 15.10). As primeiras perseguições aos apóstolos também decorram da inveja (At. 13.45; 17.5). Paulo orienta os cristãos para que não sejam tomados por ela (Rm. 13.13; I Co. 3.3). O cristão espiritual não segue o caminho carnal de Saul, não se deixam conduzir pela inveja. Antes se posiciona com sabedoria, mantendo o devido equilíbrio em todas as circunstâncias, não falando demais, controlando sua língua nas ocasiões mais adversas (Tg. 3.8; Pv. 10.11,20,32; 21.23; 13.3; Ef. 4.29; Mt. 12.34-37)

CONCLUSÃO: Apesar da perseguição do rei Saul, Davi prosperava em tudo o que fazia porque o Senhor era com ele. A causa do bom êxito de Davi estava nas qualidades que Deus construiu em seu caráter. A principal delas era a prudência, assumida na lição de hoje como sabedoria. Davi sabia se relacionar com as pessoas, com seus amigos, servos do palácio real, e principalmente a lidar com as crises insanas do rei Saul. A demonstração mais concreta da prudência de Davi estava no uso da língua. O jovem no palácio sabia o momento de falar e de ficar calado. Nisso consiste a sabedoria, é nessa cercania que habita a prudência (Pv. 11.12; Ec. 3.7; 15.23; 25.11).
PENSE NISSO!

BIBLIOGRAFIA
-Bíblia de Estudos Pentecostal;
-Bíblia de Estudos em Cores;
-Lições Bíblicas 4ª. Trimestre.
SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.
Deus é Fiel e Justo!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

DAVI ENFRENTA E VENCE O GIGANTE


Textos: I Sm. 17.45 - I Sm. 17.43-49
irmaoteinho@hotmail.com

OBJETIVO: Mostrar que o desafio de Davi a Golias, o gigante filisteu, pode representar a luta espiritual que o crente trava com o mundo, a carne e o diabo.

INTRODUÇÃO: Numa cultura dominada pela guerra, o povo de Israel teve que lidar com seus inimigos. Enfrentá-los nem sempre foi tarefa fácil, principalmente quando preferiu confiar em seus próprios meios ao invés de depender de Deus. No estudo desta semana veremos que um gigante filisteu – Golias – afrontou o povo de Deus. Veremos que quando Israel estava acuado pelo inimigo, apareceu o jovem Davi para enfrentar e vencer o gigante. Ao final do estudo destacaremos o papel da confiança e fé de Davi enquanto exemplo para todos os crentes no enfrentamento dos inimigos espirituais.

1. A AFRONTA DO GIGANTE: Golias era um “campeão” nas batalhas contra os inimigos dos filisteus. Por esse motivo, como era costume da época, era escolhido para representar seu povo em combates. Destacava-se pela grande estatura, aproximadamente 2,70 m, talvez apenas Saul se aproximasse dele em altura (I Sm. 10.23). Mesmo assim esse não se atreveu a responder a afronta daquele gigante, confiante em sua força e no seu equipamento (I Sm. 17.8-11). As tropas de Israel ficaram amedrontadas quando se aproximaram de Golias (I Sm. 17.24). O jovem Davi, ao contrário dos seus compatriotas, ficou indignado ao ver a ousadia do gigante, afrontando o exército de Israel. Ele se refere àquele que é considerado um herói para o inimigo como um “incircunciso filisteu” – associa-o aos adoradores de deuses falsos, feitos pelos homens, e desconhecedor do Deus Vivo e Verdadeiro (I Sm. 17.24-27). Eliabe, o irmão de Davi, ao invés de apóiá-lo, demonstra ressentimento. O receio de seu irmão é o de perder espaço para aquele seu irmão mais jovem. Esse costuma ser um medo com o qual aqueles que se encontram em posição de poder precisam conviver (I Sm. 17.28-30). Mesmo com a insatisfação de Eliabe, Davi é levado a Saul que é informado da disposição de Davi para enfrentar o gigante. A atitude resoluta de Davi partiu da sua certeza que a afronta de Golias não era apenas contra o povo de Israel, mas contra o Deus Todo Poderoso, o Senhor dos Exércitos (I Sm. 17.31-40).

2. A VITÓRIA DE DAVI: Diante do pequeno Davi estava um Gigante, vestido com toda sua armadura (I Sm. 17.5-7). Ao ver a escolha representativa dos israelitas, Golias tomou tal opção como um insulto. Mas o filisteu não teve tempo sequer para tocar em Davi, pois fora abatido por uma pedra certeira, atirada da funda do jovem pastor (I Sm.17.49,50) Se assemelharmos essa batalha com uma luta de boxe, diríamos que ela não passou do primeiro assalto. Com o gigante prostrado por terra, Davi, seguindo os princípios de guerra, deveria concluir o trabalho, decapitando-o (I Sm. 17.50-24). As armas de Golias foram postas na tenda de Davi, como um troféu de guerra. Após a vitória, Davi recebeu de Saul o cumprimento da promessa, a filha como esposa. Davi passa a fazer parte da família real, fazendo uma aliança mais aproximada com Jonâtas, o príncipe herdeiro. Jônatas, desde cedo, reconheceu em Davi um homem vocacionado por Deus. Por isso, não mediu esforços para ajudá-lo, mesmo indo de encontro aos interesses egoístas de seu pai. Algumas lições podem ser extraídas desse episódio:

1) Enfrentar gigantes é uma experiência intimidadora – lemos com entusiasmo o relato bíblico sobre a vitória de Davi, mas, no dia-a-dia, lutar contra os gigantes não é uma tarefa fácil;
2) Pelejar é uma experiência solitária – ninguém mais pode assumir o posto para o qual fomos chamados, cada um de nós precisa enfrentar os “golias” que se apresentam contra nós;
3) Confiar em Deus é uma necessidade – a menos que depositemos nossa fé em Deus, não conseguiremos ir muito longe, ficaremos aterrorizados pelo tamanho dos “gigantes”;
4)Vencer traz conseqüências memoráveis – as vitórias do passado devem nos impulsionar para olhar com maior bravura para o futuro.

3. A LUTA ESPIRITUAL DO CRENTE: O crente também tem seus gigantes com os quais precisa lutar e vencer. Na verdade, cada um de nós, existencialmente, enfrenta seus próprios gigantes. De modo geral, podemos destacar três gigantes: o mundo, a carne e o diabo (Ef. 2.1-3). Para tanto, é preciso estar preparado, munido não com a armadura de Saul, mas com aquela provida por Deus (Ef. 6.10,11):

1) O mundo - a palavra “mundo”, no grego, é kosmos e no Novo Testamento se refere: a) ao planeta terra (At.17:24); b) a raça humana separada de Deus (Jo.14:17); c) as coisas terrenas, como bens, riquezas e prazeres (I Jo.2:15,16); d) o sistema de valores alienado de Deus, que orienta o pensamento dos homens em oposição a Ele (II Pe.2:20). É importante entendermos que o sistema deste mundo é resultado da influência da carne e do diabo sobre os corações dos homens;
2) A carne - é a velha nature¬za que herdamos de Adão, uma natureza que se opõe a Deus e que não é capaz de fazer qualquer coisa espiritual para agradar a Deus. A natureza humana, agora contaminada, tornou-se escrava do pecado e, portanto, incapaz de agradar a Deus (Rm.8:6-8; I Co.2:14). Após a conversão passamos a conviver com duas forças antagônicas que lutam constantemente entre si: o Espírito Santo e a carne (Rm.7:14-25; Gl.5:17). Só será vitorioso neste conflito interior aquele que negar a si mesmo (Mt.16:24) e aprender a depender do Espírito Santo para mortificar a sua carne (Rm.6:3-6; Rm.8:12,13);
3) o diabo – também é conhecido por Satanás, palavra hebraica que significa “adversário”. A oposição do inimigo de Deus tem como finalidade estabelecer o seu reino em detrimento do reino de Deus. Ele dispõe de um exército de anjos caídos, mais conhecidos como demônios, para esta finalidade (Ap.12:7; Ef.6:12).

CONCLUSÃO: O exército de Israel intimidou-se com o tamanho de Golias. A presença do gigante apavorou o povo de Deus. Mas entre eles um mostrou-se ter uma fé maior que o tamanho de Golias. Davi creu na providência de Deus e na Sua aliança com Israel. Como fez Davi, também precisamos aprender a confiar no Senhor. Para vencer o mundo, a carne e o diabo, o segredo viver no Espírito de Deus. Diante de todas as adversidades da vida, não devamos dizer que o gigante é grande, mas dizer ao gigante que Deus é Grande. Esse é um estudo que aprendemos com Davi na aula de hoje. PENSE NISSO!

BIBLIOGRAFIA
-Bíblia de Estudos em Cores
-Bíblia de Estudos Pentecostal
-Revista Escola Bíblica 4º. Trimestre
Deus é Fiel e Justo!

domingo, 27 de setembro de 2009

DAVI E SUA VOCAÇÃO

A Escola Dominical é um excelente espaço de aprendizado. Dominicalmente milhares de famílias brasileiras e de outras nacionalidades, se dirigem as igrejas, escolas e galpões onde são ministrados estudos bíblicos. Há igrejas que tem seu próprio programa curricular, há outras que se utilizam do material dos currículos produzidos por editoras nacionais.

No site www.irmaoteinho.com um humilde instrumento de pesquisa, inclusive o mesmo está a disposição dos professores, pastores e lideres para ministrar em suas igrejas, semanalmente você tem um estudo novo para ajudar os irmãos que gostam e amam a escola bíblica dominical.

Se você trabalha com as revistas da escola dominical da CPAD, já chegaram as do quarto trimestre de 2009 (outubro-dezembro). A revista de jovens e adultos traz como tema: Davi - As Vitórias e derrotas de um homem de Deus comentadas pelo pastor José Gonçalves. Confira as lições do trimestre e Deus te abençoe:
  1. Davi e a sua vocação
  2. Davi enfrenta e vence o Gigante
  3. Davi na Corte Real - Vivendo com sabedoria
  4. Davi e tempo de Deus em sua vida
  5. Davi e sua equipe de liderados
  6. Davi unifica o Reino de Israel
  7. A Expansão do Reino Davídico
  8. O pecado de Davi e suas consequencias
  9. A restauração Espiritual de Davi
  10. Davi e o preço da negligência na família
  11. Davi e a restauração do culto a Jeová
  12. Davi e o seu Sucessor
  13. Davi - Um Homem segundo o coração de Deus

Vamos ao estudo.....

LIÇÃO - 1

Texto Áureo: I Sm. 13.14 - I Sm. 16.1,310-13
irmaoteinho@irmaoteinho.com

OBJETIVO: Entender as razões e o propósito de Deus da vocação de Davi a fim de cumprir seus objetivos imediatos e futuros.

INTRODUÇÃO: Ao longo dos próximos três meses estudaremos a biografia de Davi. Teremos a oportunidade, durante as aulas, de refletir a respeito da vida desse que é conhecido como um “homem segundo o coração de Deus”. Aprenderemos a respeito de suas vitórias e derrotas, e, à luz do evangelho de Cristo, poderemos extrair ensinamentos a fim de que, como Davi, estejamos também no centro do coração do Senhor. No estudo desta semana, trataremos a respeito da sua vocação, contextualizaremos o tempo no qual viveu, e ao final, veremos qual o propósito de Deus em sua vocação e algumas aplicações para a nossas vidas.

1. DAVI, NO TEMPO DE DEUS: O tempo no qual Davi viveu é marcado pelo fim de uma era, a dos juizes, personalizado na figura de Samuel. O livro de Juizes termina destacando que “não havia rei em Israel” (Jz. 18.1; 19.1; 21.25). Até que o povo de Israel reclama para si, seguindo o modelo das nações vizinhas, um rei, isto é, o estabelecimento da monarquia. Ainda que a contragosto (I Sm. I Sm. 8.7,9), Samuel, debaixo da orientação divina, e em resposta à petição dos israelitas, escolheu Saul para reinar (I Sm. 9.1-10.16). Mesmo sancionando essa opção, o Senhor antecipara Israel a respeito do preço que iria pagar por tal opção (I Sm. 8.10-18). A unção de Saul, o primeiro rei de Israel, se deu através de uma cerimônia secreta (I Sm. 9.1-10.16). Posteriormente ele foi reconhecido pelo povo e aclamado como rei (I Sm. 10.17-27). Com a monarquia estabelecida, Samuel se retira de cena, e restringe-se ao ministério profético (I Sm. 12.1-5). Saul, após assumir o reinado de Israel, não se conduziu em conformidade com a Palavra de Deus, precipitou-se em seus votos (I Sm. 14.24-46) e até mesmo confrontou ao profeta de Deus (I Sm. 15.1-35) por esse motivo, fora rejeitado pelo mesmo Deus que o fez rei (I Sm. 15.10-12). Samuel, em seu embate com o rei Saul, diz que a obediência é melhor que o sacrifício, já que Saul desobedeceu intencionalmente a Deus, sob a justificativa que ofereceria sacrifícios (I Sm. 15.22-23).

2. A VOCAÇÃO DE DAVI: A escolha de Davi, para ser o rei de Israel, sucessor de Saul, está registrada em I Sm. 13.13-14. Nessa passagem lemos que o Senhor rejeitou Saul e separou um novo rei conforme o seu agrado. A razão de tal opção é que Saul, o primeiro rei de Israel, havia procedido nesciamente, pois não atentou para a Palavra do Senhor proferida através de Samuel (I Sm. 12.14). Por esse motivo o profeta do Senhor é dirigido à casa de Jessé, o belemita, que era neto de Rute e Boaz (Rt. 4.17,22) para ungir o rei que Deus havia escolhido. Seguindo o procedimento para a unção do rei, Samuel devia apanhar seu chifre de óleo sagrado para a cerimônia de unção. Mesmo que o profeta tenha se impressionado com Eliabe, o filho mais velho de Jessé, é a Davi, o mais novo que Deus havia vocacionado, pois Deus não vê como vê o homem (I Sm. 16.6-10; I Cr. 28.9). Davi se encontrava no exercício da sua responsabilidade, pastoreando as ovelhas de seu pai, talvez esquecido pelos familiares, mesmo assim o Senhor não se esqueceu dele o separou para a obra (I Sm. 16.11-13) Posteriormente, no Sl. 22.9,10, Davi testemunharia que Deus o havia escolhido desde o ventre da sua mãe. Ele é um exemplo do homem ou da mulher de Deus que tem consciência de seu chamado e de que Deus cumprirá os desígnios que estabeleceu.

3. O PROPÓSITO DA VOCAÇÃO: A vocação de Davi por Deus tinha propósitos imediatos, para a sua época, bem como para um futuro distante. Naqueles tempos, o povo de Israel se encontrava numa situação de crise. Samuel, já envelhecido, constituiu a seus filhos por juizes em Israel, esses, porém, não andaram pelos caminhos do Senhor (I Sm. 8.1-3). Por esse motivo, os filhos de Israel, imitando as nações vizinhas, pediram um rei (I Sm. 8.7,9), mas esse, ainda que escolhido por Deus, procedeu nesciamente e fora substituído pelo Senhor (I Sm. 13.13-14). A vocação de Davi tinha também uma promessa, a de que no futuro viria um Rei que estabeleceria seu trono definitivo sobre Israel: Jesus, profecia se cumprirá totalmente no milênio (Lc. 22.20; Jr. 23.5,6; Ap. 19,20). Através do processo de escolha de Davi para reinar o Senhor nos instrui a respeito de determinados aspectos na vocação de um líder: 1) a espiritualidade – alguém que seja segundo o coração de Deus, que seja sensível às coisas do Senhor (II Cr. 16.9), 2) a humildade – alguém que mesmo desprezado, reconheça sua posição diante de Deus (I Sm. 16.1; Sl. 78.70; 89.20), que privilegie menos a promoção pessoal e dê maior valor à construção do caráter; e 3) a integridade – que vive em sinceridade de coração, que não depende exclusivamente das aparências (Sl. 78.71,72).

CONCLUSÃO: Davi foi um homem vocacionado a fim de desempenhar uma tarefa. Na construção dessa liderança, o Senhor trabalhou no caráter de Davi. Primeiramente através dos momentos de solidão, enquanto esse se encontrava no campo, cuidando das ovelhas do seu pai Jessé. Depois por meio da obscuridade, houve momentos que ninguém conhecia a Davi, ninguém para aplaudi-lo, ele não passava de um desconhecido na multidão. Através dos momentos de monotonia o Senhor também trabalhou o caráter daquele que seria o rei de Israel, quando esse estava fazendo as mesmas coisas, tidas por alguns como irrisórias ou de pouca utilidade. Que o Senhor nos dê sabedoria para discernir o tempo e o propósito para o Seu chamado para as nossas vidas. PENSE NISSO!

BIBLIOGRAFIA
Lições Bíblicas 4º. Trimestre de 2009;
Bíblia de Estudos em Cores;
Bíblia de Estudos Pentecostal.

Deus é Fiel e Justo!