segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

ENTRE O ABANDONO E A ESPERANÇA



Passai, passai pelas portas; preparai o caminho ao povo; aplainai, aplainai a estrada, limpai-a das pedras; arvorai a bandeira aos povos. Isaías 62:10

Dizer uma palavra de esperança em meio à desolação é como acender uma vela na escuridão. O texto de hoje é algo parecido.

Israel está exilado na Babilônia. A desolação no exílio e a opressão em Jerusalém já perduram por decênios. O silêncio de Deus é interpretado como abandono. O povo questiona: "Quanto tempo vai passar até que tenhas compaixão?" (Zacarias 1.12).


Nessa situação, o profeta diz que Jerusalém não será mais abandonada e arrasada. pelo contrario, será chamada de "Aquela que Deus ama" e "cidade que Deus não abandonou"(v.12). Ele conclama o povo remanescente em Jerusalém a exercer a tarefa de vigia, que lembra a Deus da sua promessa de salvar os seus filhos. Ao mesmo tempo, recebe a grande tarefa de preparar a volta do povo e retirar os obstáculos que possam dificutar a reintegração dos repartidos. são incumbidos de levantar uma bandeira "para que todos os povos saibam o que está acontecendo" (v. 10). O tempo é de esperança e de festa. Afinal, todos, todos os que sobraram em Jerusalém e os que foram arrancados do seu convívio, são povo do Senhor.


Também isso é Advento: orar para que Deus não esqueça os que estão afastados, e fazer das velas de Advento bandeira que sinalizam a nossa disposição de abrir as portas para as que retornam ou gostariam de retornar para casa, para o convívio com Deus.



Oremos:


Senhor, nós te lembramos das tuas misericóridas e colocamos diante de ti as pessoas que se afastaram ou sempre viveram distantes de ti. molda-nos de tal forma, que não sejamos muros de separação, mas pontes de transposição para o teu Reino. Dá-nos, para isso, Senhor, humilade e intrepidez. Amém...


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