terça-feira, 17 de junho de 2008

ÁGUAS DA VIDA


E os peixes, que estavam no rio, morreram, e o rio cheirou mal, e os egípcios não podiam beber a água do rio; e houve sangue por toda a terra do Egito.(V. 21) Êxodo 7.1-25

A mortandade descrita acima aconteceu no rio Nilo, há cerca de três milênios. O texto a considera como um juízo de Deus sobre o Faraó do Egito, que não quis deixar partir os filhos de Israel, escravizados em suas cidades.

Nunca pensei que essas palavras das Sagradas Escrituras fossem tornar-se reais na minha própria história. A região onde moro é banhada pelo rio dos Sinos, que trouxe os primeiros imigrantes alemães a São Leopoldo/RS, em 1824. Em Outubro de 2006 e nas semanas seguintes, ele foi palco de uma grande tragédia ecológica. As imagens correram o mundo e comoveram muitas pessoas: centenas de milhares de peixes de 13 diferentes espécies, apareceram boiando em suas águas, mortos ou agonizantes. Formavam um tapete fúnebre de vários quilômetros. Efluentes químicos de indústrias, esgoto residencial, sobre-carga de lixo, baixa vazão das águas e pouco nível de oxigênio foram causas. Era o período da piracema, quando os peixes buscam a nascente para se reproduzir. Querendo reproduzir a vida, encontraram a morte.

Sabemos que a água é um bem escasso e finito e que todas as formas de vida, não apenas peixes, dependem dela para viver. Ao preservar nossas fontes de água, ajudamos a manter a boa criação de Deus. Mas, ao tratá-las com descaso e insensatez, atraímos a morte e o sofrimento sobre a criação e sobre nós mesmos. É uma das formas como o juízo de Deus se manifesta na história.

Oremos:

Bondoso Deus: concientiza-nos da necessidade de cuidar da tua boa criação, para que a nossa vida e a de todas as espécies que nos rodeiam possa ter qualidade, e não precisemos experimentar o teu juízo. Por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém...

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